terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Empresários temem um apagão da mão de obra


Jornal do Commercio
Texto publicado em 27 de Dezembro de 2010 - 08h29
http://jc3.uol.com.br/jornal/2010/12/27/not_405891.php

As empresas pernambucanas entram em 2011 preocupadas com o apagão da mão de obra. Uma pesquisa realizada pela empresa de consultoria em Recursos Humanos Ágilis mostra que 86,6% dos entrevistados já sentem os efeitos da falta de profissionais qualificados no mercado.

Segundo a diretora da Ágilis, Eline Nascimento, o aquecimento da economia pernambucana tem revelado as consequências de tantos anos sem grandes investimentos em educação. “Existe uma grande dificuldade em encontrar profissionais preparados para ocupar os cargos disponíveis, principalmente para níveis técnico e de gestão. Mas o que mais preocupa é a tendência do problema se agravar ao longo do próximo ano”, analisa.

Para piorar a situação, as empresas começam a ter dificuldades para manter os profissionais que já possuem e 89% dos gestores de Recursos Humanos entrevistados afirmaram que têm perdido funcionários para empresas concorrentes. “Os profissionais de RH percebem essa perda com mais clareza por serem responsáveis pelos processos de recrutamento e seleção”, avalia Eline.

Outro efeito direto da escassez de profissionais qualificados está no aumento da média salarial. Segundo a diretora da Ágilis, os setores de logística e engenharia são os que mais sofrem. Não por acaso, as empresas apostam em outros benefícios para tentar segurar seus talentos. Programas de desenvolvimento e perspectiva de crescimento na empresa aparecem como os principais fatores para reter os funcionários. Mais de 80% dos empresários apostam na apresentação de um plano de carreira que possibilite a evolução dentro da estrutura da empresa.

O estudo ouviu 156 pessoas, sendo 68 empresários, 61 diretores/gerentes e 27 profissionais da área de RH de empresas pernambucanas.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Saiba o que profissionais de RH checam nos perfis de candidatos em sites de relacionamento


Por O Globo
publicado 18/12/2010







http://oglobo.globo.com/economia/boachance/mat/2010/12/17/saiba-que-profissionais-de-rh-checam-nos-perfis-de-candidatos-em-sites-de-relacionamento-923313584.asp

Sim, eles olham. Já ficou pra trás a velha discussão sobre se é certo ou errado analisar as redes sociais de candidatos, como complemento ao processo de seleção. A maior parte das consultorias de RH entende que não se trata de invasão de privacidade. Pelo contrário: além de públicas, as informações disponíveis nos sites de relacionamento funcionam como fortes aliadas no trabalho de identificação de perfis no recrutamento, como mostra reportagem de Paula Dias, publicada neste domingo no Boa Chance.

Para descobrir no que eles estão de olho, o Boa Chance convidou leitores a enviarem, pelo site, suas páginas em diferentes redes sociais - como Facebook, Orkut, Twitter ou LinkedIn - para serem analisadas por profissionais da área. Constatou-se que a maioria vai bem em questões básicas, como postar conteúdos relevantes. Mas, dizem consultores, investir nesse quesito é tão importante quanto não cometer erros de português ou ter cuidado na hora de criticar sua empresa.

O que não significa que agora todos devem agir como robôs insensíveis na internet. Ou que, num futuro não muito distante, sejamos obrigados a mudar de nome para nos livrar de nossos rastros on-line, como profetizou Eric Schmidt, presidente do Google. Segundo a psicóloga Iêda Vecchioni, da IMC Consultoria Empresarial - que recorre às redes em 80% das contratações, principalmente para vagas de especialistas e gerentes -, é preciso levar em conta que as informações de um candidato na internet, na maioria dos casos, não foram elaboradas com fins profissionais, mas sim pessoais.

- Como as pessoas geralmente usam as redes para interagir com os amigos, os perfis tendem a ser ambientes informais. Um palavrão, dentro desse contexto, pode até ser bem colocado - diz Iêda, ponderando que o problema está em extrapolar alguns limites. - Já deixamos de contratar um profissional porque ele postava comentários negativos sobre a própria empresa na internet. Esse tipo de atitude é um tiro no pé.

Das vagas preenchidas este ano pela Ricardo Xavier, empresa de recrutamento e planejamento de carreira, 40% tiveram suporte das redes - especialmente do Twitter que, diz a diretora Neli Barboza, é a que melhor dá subsídios para análise de como o candidato pensa e se expressa:

- Dependendo do que encontro, a primeira impressão é a que fica.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Liderança e Ação.

Por Cássia Albuquerque, Sócia responsável pela prática de Capital Humano da Alcance Soluções Empresariais.


Muito se tem falado de liderança no mercado. As empresas tentam de todas as formas elevar seu desempenho global, investindo cada vez mais em tecnologia, qualificação de produtos finais, atração de melhores talentos para compor um time invencível, tudo na eterna busca da melhoria contínua, de se estar na vitrine, perpetuar, vender e ser lembrada no mercado por clientes e concorrentes. Invejáveis objetivos, o que isto tem de mais? Claro que nada! Todo empresário busca o sucesso e retorno de seus investimentos, o problema é como se conseguir atingir estes objetivos de forma mais rápida, com qualidade e o mínimo de erro possível.


Nesta ciranda viva apenas o que a empresa esquece é do homem, onde ele fica, e a sua equipe, o capital intelectual e as pessoas...?


Ter os ingredientes certos e nas quantidades certas, não garante sucesso, ou um excelente bolo. A receita pode até ser simples, mais se não for feito com ingredientes que vão além dos apresentados na receita, todo o bolo pode ser prejudicado. Assim acontece também nas empresas, os livros de auto ajuda, de estratégias, de gestão e administração, modelos estruturados, palestras no mercado, esforço interno para mudança, etc são excelentes receitas, que para se obter um excelente resultado final precisa não só da própria receita e dos ingredientes, mais sim de um bom cozinheiro, que com habilidades diferenciadas e conhecimentos, pode ir além da uma simples receita (tarefa).


É preciso saber misturar muito bem os ingredientes, e para isto o líder é peça chave e muito importante como facilitador e formador de pessoas, fundamental para a gestão dos negócios e alavancagem de resultados.


O líder precisa saber qual o seu papel na educação das pessoas, na transformação do indivíduo, na construção de talentos, pois é através dele que toda esta receita acontece e pode ser viabilizada. Todos são responsáveis pelo processo de mudança, o empresário, que instrumentaliza o líder e a equipe com ferramentas modernas e acessíveis, além de autonomia e liberdade para se construir, aprender e agir. As pessoas da equipe que precisam se motivar, colaborar, quebrar seus modelos mentais, reaprender, querer se abrir para o novo frente a um cenário de mudanças competitivas, colaborando e facilitando o trabalho das lideranças e por outro lado o próprio líder que precisa adquirir uma visão sistêmica de negócios, mercado e de gestão de pessoas, pois gerir pessoas é gerir sentimentos e isto não se aprende de um dia para o outro, principalmente em uma sociedade que não era permitido pensar, refletir e ter sentimentos.


O caminho é longo, mais com passos assertivos e seguros, com disciplina, coragem e com muita força de vontade “pessoal”, as barreiras podem ser rompidas e o espetáculo do novo acontecer,primeiro em mim e depois no outro.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Confira os direitos que possuem os trabalhadores temporários

Da Redação do pe360graus.com
25/11/2010
http://pe360graus.globo.com/educacao/empregos-e-concursos/empregos/2010/11/25/NWS,524898,30,248,EDUCACAO,885-CONFIRA-DIREITOS-POSSUEM-TRABALHADORES-TEMPORARIOS.aspx

Quem é contratado temporariamente tem as mesmas garantias dos demais funcionários

No fim de ano, sempre surgem muitas oportunidades de trabalho temporário. Só o comércio, no Recife, vai empregar mais de 15 mil pessoas em novembro e dezembro. Infelizmente, muitos trabalhadores que conseguem essas vagas nem sempre sabem que direitos têm.

“A gente só esclarece as dúvidas em relação a horários, descontos. É tudo passado claramente porque o funcionário já chega bem preparado. Preparado por nós, inclusive”, contou a gerente de loja Débora da Conceição..

Os funcionários que conquistam uma vaga no mercado de trabalho nesta época de fim de ano veem nessa chance uma oportunidade preciosa para mostrar serviço e provar o valor profissional. Afinal, o desejo comum dos contratados temporariamente é ficar no quadro de empregados da loja.

A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego aproveita a época de vagas fartas para fazer um alerta: quem é contratado temporariamente tem as mesmas garantias dos demais funcionários.

“Tem que constar na Carteira de Trabalho, que garante os direitos fundamentos como salários, jornadas, horas-extras. Os mesmos direitos que têm o trabalhador do mesmo cargo dele. Adicionais de insalubridade, noturno e periculosidade... todos têm os mesmos direitos”, explicou a chefe do Setor de Relações do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, Joseline Carneiro Leão (foto).

Mas existem algumas diferenças. Para demitir os trabalhadores temporários, não é preciso aviso prévio. Se você conseguiu alguma oportunidade e percebeu que a empresa não está seguindo o que diz a legislação, procure a Superintendência Regional do Trabalho, que fica na Avenida Agamenon Magalhães, n° 2000, no bairro do Espinheiro, no Recife.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

O que é Cultura Organizacional ?

Por Rosana Freire
Psicóloga, Professora e Responsável pela Assessoria de Recursos Humanos do CIEE-PE

A Cultura Organizacional refere-se a um sistema complexo de crenças, valores, pressupostos, normas, símbolos, conhecimentos, significados e valores compartilhados pelos membros que difere uma organização da outra. De acordo com as pesquisas, seriam sete as características básicas que em conjunto, captam a essência da cultura de uma organização, tais como:

1.A inovação e a ascensão de riscos: o grau em que os funcionários são estimulados a ser inovadores e a assumir riscos.

2.A atenção aos detalhes: trata-se do grau esperado de precisão, análise e atenção aos detalhes.

3.A orientação para as pessoas: o grau em que as decisões dos dirigentes levam em considerações o efeito dos resultados sobre as pessoas na organização.

4.A orientação para os resultados: o grau em que os dirigentes focam os resultados mais do que as técnicas e os processos empregados para alcançá-los.

5.A orientação para a equipe: o grau em que as atividades de trabalho são organizadas mais em função das equipes do que dos indivíduos.

6.A agressividade: o grau em que as pessoas, em vez de afáveis e acomodadas, são competitivas e agressivas.

7.A estabilidade: o grau em que as atividades organizacionais enfatizam a manutenção do status quo em contraste com o crescimento.


Cada característica existente vária de baixo ao alto grau. A avaliação fundamentada nas características acima mencionadas revela, portanto um quadro complexo da cultura organizacional, o qual sustenta o sentimento de compreensão compratilhada que os membros tem a respeito da organização, de como as coisas são feitas e de como eles devem se comportar.

A Cultura organizacional diz respeito à maneira pela qual os funcionários percebem as sete características apresentadas, e não ao fato de gostarem ou não delas. Esse ponto é importante, pois diferencia esse conceito daquele concernente à satisfação com o trabalho.

As pesquisas sobre satisfação com o trabalho procuram medir a resposta afetiva ao ambiente de trabalho, buscando verificar como o trabalhador se sente em relação às expectativas da organização, às práticas de recompensas, à forma de lidar com os conflitos e outros aspectos. Apesar de os dois termos apresentarem alguns pontos de intersecção, é preciso ter sempre em mente que o termo cultura organizacional é descritivo, enquanto a satisfação com o trabalho gira entorno do sentido de estabelecimento de juízo de valor.

A cultura organizacional representa uma percepção comum por parte dos membros da organização. Deve-se esperar, portanto, que indivíduos com histórias diferentes, em níveis diversos dentro da organização, descrevam a cultura organizacional em termos semelhantes. Entretanto, o reconhecimento possui propriedades comuns não significa que não pode haver subculturas na organização. Parte significativa da organização apresenta uma cultura dominante e diversos nichos de subculturas. A cultura dominante reflete a visão macro da cultura, expressa os valores essenciais e compartilhados de forma geral pelos membros daquela organização.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Remuneração Estratégica - Cargos e Salários




Roberto Pierre Rigaud
RH Portal




http://www.rhportal.com.br/artigos/wmview.php?idc_cad=tggttjsz3&rev=124&__akacao=347186&__akcnt=7353ff58&__akvkey=f30d&utm_source=akna&utm_medium=email&utm_campaign=Teste+Segundo

Nos dias de hoje o grande desafio que ainda assombra as cabeças pensantes das organizações neste início...

Nos dias de hoje o grande desafio que ainda assombra as cabeças pensantes das organizações
neste início do século XXI, é a busca da sobrevivência num cenário de velocidade, de mudança e complexidade cada vez mais acelerados. Num quadro como este, não podemos nos dar o luxo de basear as decisões apenas com base nas experiências bem sucedidas do passado temos que inovar sempre para nos manter competitivos.

Para que possamos reter nossos talentos humanos nas organizações, precisamos voltar nossas atenção à área de Remuneração, isso mesmo, remuneração.

O salário funcional é um elemento de sobrevivência, é aquele diagnosticado pelo setor de remuneração através da implementação da Gestão de Cargos e Salários. Esse salário, inicialmente, até é "motivador", mas com o passar dos meses ele perde sua essência como elemento de motivação.

Os indivíduos estão em busca constante de novas necessidades, isso se vê, claramente, quando saímos às ruas para as compras. Agora, será que eles conseguem satisfazer, em parte, suas necessidades? Na grande maioria nas vezes NÃO. É a partir desde ponto que eles percebem
que seu trabalho não esta contribuindo para que eles possam realizar os mínimos sonhos.

Expectativas são sonhos e, sonhos não realizados é base forte para a desmotivação e, o ser humano desmotivado, pode ser que não venha mais a produzir os mesmos resultados como antes. Sabemos que o salário isoladamente não é motivador, mas com toda certeza, é um dos agentes que faz com que os indivíduos entreguem resultados com qualidade, e é justamente isso que as organizações mais querem para poderem se sustentar no mundo corporativo.

Muito se fala em Clima Organizacional e, para que as organizações possam manter seu clima em condições satisfatórias, a implementação de um programa de Gestão de Cargos e Salários pode ser um excelente ponto de partida para a melhoria interna. Claro, temos que alinhar esse plano a outros instrumentos de melhoria contínua, um plano de Cargos e Salários isoladamente, a curto ou médio prazo, pode não gerar os resultados que as organizações esperam.

As organizações esperam de seus colaboradores resultados constantes e por outro lado os colaboradores esperam das organizações crescimento profissional e financeiro de acordo com seus resultados. Nessa via de mão dupla, as organizações, como estão com as cartas e são as maiores interessadas, precisam manter em alta seus planos de remuneração baseado nas competências. Os colaboradores não estão isentos da parte que lhes cabe: continuar se capacitando, buscando melhoria contínua, deve buscar uma melhor formação acadêmica, adquirir nos comportamentos, ser resiliente (ato de recuperar-se, rapidamente, depois de sofrer uma pressão).

Pagar salários é obrigação de qualquer empresário que mentem em suas organizações pessoal trabalhando, mas, remunerá-los de forma adequada é reconhecer os talentos individuais que sabe reconhecer com inteligência.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A força dos Modelos Mentais.


Nelson Tanuma http://www.nelsontanuma.com.br/artigos/a-forca-dos-modelos-mentais

É Especialista pós-graduado em Desenvolvimento do Potencial Humano pela Faculdade de Pisicologia da PUC, há 10 anos vem ministrando Cursos e Palestras pelo CIESP/FIESP, SEBRAE-SP, Fundação Bradesco, Universidade de Mogi das Cruzes, Universidade Corporativa ACMC e Organizações diversas)


Embora os modelos mentais possam parecer abstratos e inconseqüentes, e, freqüentemente sejam deixados de lado como se fossem meras ilusões de ótica, shows de mágicas ou meras curiosidades acadêmicas; a bem da verdade, nossos modelos determinam a qualidade e o rumo de nossas vidas gerando implicações de lucros e perdas financeiras, e até mesmo de vida e morte.

Os ataques terroristas do 11 de Setembro de 2001, levados a efeito por jovens e brilhantes profissionais de classe média, com futuros promissores, que muito embora não se encaixassem no estereótipo dos jovens terroristas de olhos esbugalhados e aterrorizantes que se tornam homem-bomba, certamente foram doutrinados e levados a acreditar que após morrerem pela “nobre causa”, receberiam como prêmio, as 72 virgens que são prometidas aos homens-bomba que vivem no Oriente Médio.

A expressão modelos mentais são os pressupostos usados para descrever os processos cerebrais que usamos para dar sentido ao mundo que percebemos através dos nossos cinco sentidos: visão, audição, tato, paladar e olfato. Trata-se de nossas percepções acerca da forma como percebemos o mundo que nos cerca. O conjunto de paradigmas associados forma os nossos Mapas ou Modelos Mentais. E importante que saibamos, porém, que o mapa não é o território.

Cada ser humano possui dentro de sua mente vários mapas, que podem ser de dois tipos: mapas do modo como as coisas são e mapas de como as coisas deveriam ser .

É importante ressaltar que a maneira como vemos o mundo resultam em nossa forma de pensar e agir. Existe uma grande diferença entre a visão e a percepção e a maior parte do que vemos está apenas em nossa mente.

Isso ocorre, especialmente, nas organizações emperradas e corroídas pela ferrugem da mentalidade da era industrial, onde o processo de deterioração começa na parte mais alta da pirâmide, os tomadores de decisões. .

John Gardner afirmou com acerto que: "A maioria das organizações com problemas desenvolveu uma cegueira funcional em relação a seus defeitos. Elas sofrem não porque não sejam capazes de resolver seus problemas, mas porque não podem vê-los”.

Os modelos mentais funcionam como, a argila que antes de sofrer o processo de secagem pode ser transformada em uma bela e valiosa obra de arte, ou apenas um amontoado de massa feia e disforme. Assim, os modelos mentais possuem a capacidade de moldar todos os aspectos de nossa vida; de forma que se sua carreira encontra-se emperrada e estagnada como se fosse um lago de água parada e salobra, e não consegue deslanchar, ou, se sua empresa ou organização não cresce, existem ai dois motivos que podem estar impedindo o avanço: - ou existe um modelo preexistente que está impedindo o avanço - ou o modelo existente já está ultrapassado e enferrujado, precisando de um novo modelo ou uma nova porta que possa proporcionar oportunidade para o crescimento e desenvolvimento contínuos.

Se não conseguirmos quebrar os paradigmas paralisantes e ultrapassados, não poderemos jamais achar esses novos caminhos; de nada adianta ficarmos copiando ou perseguindo a concorrência, contagiados pela “síndrome do bombeiro” que vive diuturnamente apagando pequenos incêndios nas suas vidas. Daí a importância de darmos asas à criatividade.

O uso da criatividade pode você à descoberta de novos caminho. Sabemos que quando usando a criatividade a acabamos por fazer novas descobertas; e tudo que é novo nos assusta. Pesquisas realizadas por psicólogos mostram que as pessoas têm mais medo de encarar o novo do que o próprio medo da morte. Daí vem a lição do escritor Robert Frost quando fala das escolhas da vida: “Duas estradas bifurcavam-se a certo ponto, em uma floresta e eu, eu resolvi tomar a menos trilhada e isso... isso fez toda a diferença!”.

A criatividade é o caminho que pode levar à soluções inovadoras, que nos livra dos riscos de ficarmos atolado no lamaçal da vida ou de cairmos dentro da areia movediça, Einstein já dizia que insanidade nada mais é do que, fazer diariamente a mesma coisa da mesma maneira e ensejar obter resultado diferente.

As pessoas estão confusas, perplexas e paralisadas diante do excesso de informações, que nos chega em tempo real, e que são disponibilizados a todo instante pelos meios de comunicação de massa, especialmente pela Internet. É provável que essa confusão mental e estagnação se deva ao uso de modelos que não servem mais para entender e solucionar os problemas que surgem neste mundo rico em informações.

Se você necessita resolver qualquer problema físico que lhe incomoda, ou se os seus relacionamentos interpessoais não estão caminhando bem, lembre-se que os seus modelos mentais, bem como os do outros, podem ser a causa principal. Se você deseja contribuir para mudança da sociedade como um todo, você precisa, em primeiro lugar, começar a olhar para dentro de si, precisa se conhecer melhor, e dar o primeiro passo que é conhecer e mudar o seu modelo mental, procurando entender como funcionam os modelos mentais das pessoas que o cercam. Essa busca de entendimento fará desenvolver sua empatia, que é a competência mestra das relações humanas interpessoais.

Para realizar qualquer mudança positiva em sua vida ou organização, você precisa entender que os modelos mentais são o ponto chave de todas as questões; você deve questioná-los a todo instante.

O problema reside no fato dos modelos mentais serem coisas impalpáveis e invisíveis, como a gordura que se fixa nas paredes das artérias provocando o infarto que pode te levar à morte súbita, via de regra, temos pouca consciência do que são nossos modelos mentais e de como eles moldam a forma como vemos as pessoas, coisas e fatos, e de que maneira elas consolidam nossos hábitos, formam o nosso caráter e moldam os nossos destinos.

O importante é que você tenha a percepção de que toda mudança começa a partir de você, a partir da mudança de sua maneira de pensar, e que não existe outra de mudança positiva.

Quebre os paradigma que se fundamentam em preconceitos. Quebre os paradigmas capazes de paralisar seu crescimento como profissional e ser humano. Deixe de viver em função das expectativas do outros.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O conceito de Administração de Recursos Humanos

Por Ana Carolina Brandão
http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/o-conceito-de-administracao-de-recursos-humanos/49489/


Durante muito tempo, a Administração de Pessoal (AP) foi conhecida como a área da administração que cuidava exclusivamente de admissões, pagamento e demissões da mão de obra das empresas, de acordo com a legislação trabalhista vigente. Naquela época, a área de AP considerava apenas as pessoas que trabalhavam em atividades física, de operações, mecânicas e fabris. O velho conceito de AP era derivado daquilo que os economistas chamavam de trabalho: uma atividade limitada a transformar o que provinha do fator de produção natureza.

Antigamente, a AP se limitava a funções burocráticas e operacionais e o departamento de pessoal era visto como o lugar da empresa no qual se admitia e se demitia pessoas. O trabalho principal era focado na elaboração mensal da folha de pagamento por meio de dados dos cartões de ponto. A referência básica era a CLT (Consolidação da Leis do Trabalho), no sentido de obedecer à legislação trabalhista vigente.

Modernamente, o conceito de Administração de Recursos Humanos (ARH) passou por uma formidável ampliação. Hoje, a ARH é a área da administração que cuida do suprimento, da manutenção e do desenvolvimento de todo os recursos humanos da empresa. Ela envolve atividades de atrair, manter e desenvolver pessoas nas empresas. Assim a ARH requer, necessariamente, a conjunção de duas realidades: empresas e pessoas. Sem empresas e pessoas não haveria a ARH. A ARH está preocupada em fazer com que o relacionamento entre empresas e pessoas seja excelente. Isso significa fazer com que a empresa crie um contexto no qual as pessoas se sintam bem, ao mesmo tempo em que faz com que elas agreguem valor ao trabalho que executam e permite que a empresa alcance os resultados pretendidos pela sua administração. A interação entre empresas e pessoas é o assunto mais importante da ARH

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Atraso no pagamento das férias dá direito a remuneração em dobro

Entendimento é do Tribunal Superior do Trabalho; por lei, pagamento deve ser dois dias antes do início das férias
Fonte: G1

http://pe360graus.globo.com/educacao/empregos-e-concursos/empregos/2010/08/31/NWS,519756,30,248,EDUCACAO,885-ATRASO-PAGAMENTO-FERIAS-DIREITO-REMUNERACAO-DOBRO.aspx

Sair de férias sem receber o pagamento do benefício dá direito a remuneração em dobro. E não importa se a empresa atrasou um dia ou dois dias. Quem vai sair de férias e não recebeu o pagamento antecipado tem direito a um bônus. Por lei, um terço do salário mais a antecipação do mês seguinte têm que ser pagos dois dias antes do início das férias.

A Justiça mudou a interpretação da lei e agora o benefício vai direto para o trabalhador, de acordo com entendimento dos ministros do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

“Vai chegando o fim do ano a gente vai ficando ansiosa mesmo pelas férias”, diz a agente administrativa Gabriela da Fonseca. “Quando você marca as suas férias o que você quer? Aproveitar”, comenta Taís Rejane, advogada.

E se chegar a hora das férias e o dinheiro não tiver saído? A Justiça decidiu que nesse caso o empregado tem o direito de receber o dobro. Por lei, um terço do salário mais a antecipação do mês seguinte têm que ser pagos dois dias antes do início das férias.

“Eu acho que quase ninguém sabe disso”, conta a bancária Maria Diva da Silva. Quem sabia, foi atrás. Nos últimos dez anos, o Tribunal Superior do Trabalho julgou dezenas de ações de empregados reclamando que não tinham recebido o dinheiro das férias a tempo. Agora, os ministros chegaram a um consenso. Se houver atraso no pagamento, mesmo que por um dia, não importa: a punição é a mesma.

“As férias têm que ser remuneradas, antecipadamente. Descumpriu a regra, a consequência é pagamento em dobro”, conta o ministro do TST Aloysio da Veiga

Muitas empresas que atrasavam o pagamento das férias eram punidas com uma multa administrativa com essa nova interpretação do Tribunal Superior do Trabalho fica claro que só a multa não é suficiente.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Projeto Integração Institucional

Por Rosana Freire
Psicóloga, Professora e Responsável pela Assessoria de Recursos Humanos do CIEE-PE

APRESENTAÇÃO
A Integração Institucional é um projeto que servirá de porta de entrada para os novos colaboradores e para ampliar o seu conceito e entendimento do funcionamento da Instituição, antes mesmo de sua atuação.

OBJETIVO
Objetiva recepcionar os novos colaboradores que ingressam na empresa, facilitando sua adaptação, entendimento quanto ao funcionamento, filosofia da organização.

METODOLOGIA
A integração ocorrerá em três etapas, que são:
1º Etapa – explanação sobre a empresa, através de slides, apresentado a missão, os valores, objetivos, seus projetos e programas de desenvolvimento nas áreas.
2º Etapa – leitura dos documentos institucionais, que são: o Estatuto, Relatório de Atividades do ano que passou, o Planejamento Estratégico, Resoluções, regras internas, etc.
3º Etapa – visita nas áreas com uma duração máxima de 2h, previamente agendada e comunicada por e-mail.

PROCEDIMENTOS
1. A Assessoria de RH deverá ser informada pelos departamentos sobre a chegada do novo colaborador, que comunicará por e-mail o agendamento da integração do mesmo.

2. No dia da integração, o novo colaborador deverá comparecer à Assessoria de RH para que seja realizado o treinamento.

3. Ao final do treinamento, o colaborador receberá documentos institucionais para leitura e conhecimento. Recebendo também a agenda de visita às áreas, com as devidas orientações sobre o preenchimento do formulário de visita.

4. Após realizar a leitura dos documentos, o colaborador será conduzido para conhecer as instalações da empresa. Depois, será levado ao Departamento Pessoal para o encaminhamento dos procedimentos administrativos, tipo recebimento do VEM, Ticket, carteira do plano de saúde, etc.

5. O novo colaborador fará o rodízio nas áreas, no máximo de cinco dias, seguindo a orientação da agenda, cabendo um integrante da área recebê-lo.

6. Ao concluir a integração, o colaborador deverá preencher uma avaliação e apresentar o formulário de visitas preenchido;

7. No término do processo adotado para a integração do novo colaborador, a área de vínculo deste ficará responsável pela continuidade de sua adaptação na empresa.

8. Após 3 (três ) meses aplica-se um questionário de acompanhamento de sua integração, sendo preenchido pelo funcionário e outro pelo gestor.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

RH e Qualidade de Vida no Trabalho


Por Paulo Erlich

Mestre em Gestão Empresarial, consultor em Gestão de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho e líder do Comitê de Pernambuco da Associação Brasileira de Qualidade de Vida.
E-mail: perlich@luminaonline.com.br.

A área de Recursos Humanos luta pelo reconhecimento da sua importância para a estratégia corporativa. Não se trata de um capricho de profissionais em busca de autovalorização, mas de uma verdadeira e imperiosa necessidade de posicionar a área como peça fundamental de um processo em que é preciso criar valor e gerar resultados.

Nesse cenário, a Promoção de Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho (PSQVT) se apresenta como um recurso perfeitamente adequado: inserida na política de investimentos no Capital Humano, atua diretamente sobre as necessidades e interesses das pessoas, beneficiando a elas e à organização. Assim, ao sugerir e alcançar a viabilização de um programa de Qualidade de Vida na empresa, a área de RH estará evidenciando um papel expressivo dentro dessa política e o caráter estratégico de sua função voltada para os negócios da corporação.

Propomos aqui algumas reflexões sobre esse contexto:

* Os colaboradores de uma organização podem ter conhecimentos, talentos e habilidades, podem receber o melhor treinamento, ter disponíveis os melhores equipamentos, máquinas e instalações, mas, sem Saúde e Qualidade de Vida, grande parte desse Capital Humano será improdutiva.
* Se uma empresa investe preventivamente para ter máquinas e equipamentos em pleno funcionamento, por que não pretenderá que seu pessoal esteja, sempre, o mais possível saudável e produtivo?
* Como se pode conseguir qualidade total em produtos e serviços sem que haja Qualidade de Vida no trabalho de quem os produz?
* Ao aderir à PSQVT, a empresa estará dando uma demonstração cabal de responsabilidade social interna. Muitas já possuem projetos sociais dirigidos a públicos específicos fora da empresa, mas quantas estão cuidando de fazer o “dever de casa”? Não seria importante começar por aí e assim conseguir que os colaboradores, uma vez mais motivados, sejam grandes parceiros nos projetos externos? Seria uma forma de trabalhar com eles a dimensão social da Saúde, no âmbito da Qualidade de Vida.
* Quando, há muitos anos se começava a falar sobre em certificações como as ISO, nas empresas brasileiras, quantas levaram imediatamente adiante a hipótese de implantar sistemas de qualidade e obter a certificação? Provavelmente poucas. Hoje a certificação é até mesmo uma exigência em muitas das relações de negócios e, cada vez mais, considerada uma necessidade pelas empresas. O caminho também está aberto às certificações relacionadas com gestão ambiental, gestão da responsabilidade social no trabalho e gestão da saúde e segurança no trabalho. Não parece fora de propósito prever que a gestão da Qualidade de Vida no Trabalho assumirá um status relevante na mentalidade e na prática empresarial?

Em síntese, a PSQVT agrega valor à empresa, porque:

* gera clima favorável a mudanças;
* otimiza a utilização do capital humano;
* atrai e retém talentos;
* cumpre função de responsabilidade social;
* contribui para fidelizar clientes;
* reduz custos, principalmente os de assistência médica;
* incrementa produtividade e os resultados empresariais.

E agrega valor para o gestor de RH, porque:

* revela capacidade de inovação e avanço;
* atribui-lhe novos e decisivos papéis;
* desperta novas perspectivas para a área;
* gera respeito e credibilidade;
* vincula-o aos resultados da corporação;
* insere-o na estratégia empresarial.

Diante isso, fica evidente que a PSQVT constitui um poderosíssimo instrumento de transformação e valorização do papel da área de Recursos Humanos no ambiente corporativo. Dos profissionais nela envolvidos se espera o entendimento da importância dessa ferramenta, a disseminação e discussão dos conceitos entre seus pares e a iniciativa de estimular o centro de poder das empresas a implantar programas dessa natureza. É um longo caminho, que a cada passo exige coragem, atitudes, comprometimento e persistência. Por isso, é preciso começar a agir imediatamente.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Evolução da Gestão de Pessoas nas Organizações



Rosana Freire

Psicóloga, Professora e Responsável pela Assessoria de Recursos Humanos do CIEE-PE

A gestão de pessoas é uma expressão marcada pela evolução no mundo do trabalho, atuando como função gerencial que visa a cooperação das pessoas que atuam numa organização. Há muito tempo vem sendo tratada como Administração de Recursos Humanos, limitando-se a uma visão desmerecedora da capacidade humana e da necessidade da sua presença, como um simples recurso na execução da tarefa.

Fazendo uma retrospectiva do termo administração, sua origem se deu a partir das experiências de vários estudiosos como Taylor ( 1856-1915), que fixou-se na produção, na execução da tarefa, levantando que os operários produziam menos do que eram capazes. Baseado nesta visão desenvolveu a técnica da racionalização dos movimentos requeridos para o cumprimento da tarefa, otimizando o tempo; Fayol (1841- 1925) com uma visão de estrutura, embora mecanicista também, contribuiu com o movimento da administração, atribuindo valor aos seguintes princípios: conhecer, prever, organizar, comandar, coordenar e controlar; Henry Ford (1863–1947), pioneiro na indústria automobilística, demonstrou que se cada funcionário recebesse uma tarefa específica e repetitiva, a tarefa poderia ser mais eficiente e sofreria redução de custo; Já Elton Mayo, psicólogo americano, voltou o seu olhar para a pessoa, como organismo organizacional, desenvolvendo experiências no campo do comportamento humano no trabalho, demonstrando a influência de fatores psicológicos e sociais no produto do trabalho.

Foi na década de 60 que passou a surgir o termo administração de pessoal, restringindo sua ação unicamente ao assistencialismo e a burocracia trabalhista, em que as guias de recolhimento tomavam o espaço da evolução e desenvolvimento das pessoas. O ser humano nesta época, embora reconhecido existente e necessário na empresa, era ainda visto de forma fragmentada: uma pessoa submissa, de baixa iniciativa e criatividade.

Já na década de 80 a administração de pessoal embarcou nos programas de qualidade, em geral voltados para a visão racional e não holística.
Mas o mundo do trabalho foi invadido por uma série de mudanças, devido aos grandes desafios provocados pela evolução da comunicação. A chegada da globalização e do desenvolvimento tecnológico provocou o rompimento de paradigmas ou modelagens metais antigos e o padrão de gestão não poderia continuar sendo o mesmo. Este cenário da década de 90 exigiu das organizações a reestruturação em várias frentes, pois a era da competitividade havia chegado bruscamente. O mercado mudou, os lucros passaram a ser equacionado pelo valor de um bom serviço prestado aos seus clientes, e para tanto, o seu pessoal teria que ter qualificação, competência para atingir esta excelência de serviço tão almejada.

A partir deste contexto, o profissional em seu ambiente de trabalho passou a ser visto de forma mais completa, como ser pensante e que tinha que usar suas habilidades e competências para colaborar com o alcance dos objetivos e metas das organizações. Com isto, inúmeros programas, projetos e incentivos que buscavam o desenvolvimento e que faziam fluir o que havia de melhor nas pessoas, passaram a fazer parte dos modelos gerenciais.

As mudanças não pararam o enfoque da gestão de pessoas e se transformaram paralelamente aos avanços ocorridos no mundo do trabalho, focalizando-se unicamente na busca do desenvolvimento. Houve uma preocupação com o crescimento e o desenvolvimento pessoal, no sentido de se atingir níveis mais altos de competências, criatividade e realização. A que a competitividade de uma organização passou a ser vista como dependente essencial da competitividade do seu corpo funcional.

O termo gestão ganha cada vez mais espaço, substituindo aos poucos o termo administração de recursos humanos. O funcionário é visto nos dias de hoje como um elemento, pulsador dos avanços conquistados pela organização, sendo reconhecido por muitas delas como parceiro, colaborador, associado, como um ser humano.

Gerenciar tornou-se um desafio para os administradores. A ordem é instalar novos processos, visando cada vez mais a satisfação de seus funcionários, pois motivados, executarão suas tarefas com eficiência e eficácia, diz Chiavenato.

Para tanto, neste panorama globalizado e competitivo, diversos e importantes segmentos da sociedade têm destacado a necessidade de redefinição da política industrial do país, em busca de maiores facilidades para a incorporação dos novos tecnologias, novos modelos de gestão.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Cursos profissionalizantes descortinam oportunidades


Por Sílvia Gusmão Ramos

Publicado em 13.10.2010, às 09h31 JC ONLINE
http://jc.uol.com.br/coluna/trajeto-profissional/noticia/2010/10/13/cursos-profissionalizantes-descortinam-oportunidades-239751.php?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

O salário de quem tem educação profissional é 12,9% maior comparado a quem não tem

No Brasil, é uma realidade inquestionável a excessiva valorização do ensino superior. Ou seja, grande parcela da população dos estudantes que termina o ensino médio, busca imediatamente uma vaga na faculdade. Nos últimos anos, no entanto, tem havido certa mudança no olhar para os cursos técnicos. Segundo dados do Ministério da Educação (MEC), a procura por essa modalidade de curso cresceu aproximadamente 30% nos últimos três anos. Isso é uma boa notícia! Afinal, pesquisa divulgada recentemente, realizada por Marcelo Neri, economista da Fundação Getulio Vargas, revelou que quem cursa algum tipo de modalidade de educação profissional - qualificação profissional, ensino médio técnico ou curso superior profissionalizante - tem 48,2% mais chances de conseguir uma ocupação profissional do que quem não fez esses cursos. Além disso, o salário de quem tem educação profissional é 12,9% maior comparado a quem não tem.

Os cursos técnicos profissionalizantes são destinados, sobretudo, aos estudantes que querem se qualificar, porém não dispõe de recursos, interesse ou tempo para estudar em uma universidade. Esse tipo de curso propicia conhecimentos específicos articulados a aulas práticas para capacitar o aluno para a atuação profissional imediata. A falta de profissionais capacitados na área técnica começa a ser sentida especialmente a partir do boom da indústria brasileira e, agora, também em Pernambuco, devido aos novos empreendimentos que têm dinamizado a economia do Estado.

A tendência é mundial. Recentemente, a China lançou um plano de educação para a próxima década focado no ensino profissionalizante como forma de atender melhor o mercado de trabalho - isso num tempo posterior à criação de universidades de elite e de se tornar a nação com mais estudantes de ensino superior do mundo.

O Governo do Estado, sensível a essa realidade, já disparou o processo. As ações do Plano de Ação de Educação Profissional do Estado, lançado em 2007, permitiram que o Governo alcançasse em 2009, um aumento na ordem de 650% nas vagas das escolas técnicas de Pernambuco. Em Suape, o maior número de vagas ofertadas vem das empreiteiras contratadas para realizar a construção e a montagem da Refinaria Abreu e Lima. Os empreendimentos privados na região geraram 37 mil postos de trabalho na construção e cerca de 60 mil entre diretos e indiretos na fase de operação. Vale destacar que a maior parte dessas vagas é para funções básicas e técnicas.

Optar por essa formação é um bom caminho para atingir o efervescente mercado local e garantir uma boa remuneração

Optar por essa formação é um bom caminho para atingir o efervescente mercado local e garantir uma boa remuneração. Entretanto, é necessário não perder de vista que os candidatos devem ter perfis compatíveis com a função que será exercida. O que significa que se deve estar atento para não perder o navio de oportunidades que aporta no cenário local, mas escolher uma profissão de acordo com suas habilidades, afinidades, possibilidades e limites ainda é o melhor caminho.

*As colunas assinadas não refletem, necessariamente, a opinião do JC ONLINE

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Mentir no currículo pode virar crime. Veja as principais escorregadas


Por Renato Grinberg,

http://www.pernambuco.com/oportunidades/nota.asp?materia=20101007134748&assunto=168&onde=Economia

Quem nunca aumentou alguma informação no currículo profissional só para parecer mais atraente ao mercado de trabalho? Como a possibilidade é real, recrutadores estão cada vez mais preparados para tirar todas as informações do candidato, inclusive, se ele está falando a verdade ou não. Até o momento, o máximo que podia acontecer com o candidato era ser desmascarado e passar vergonha perante a empresa e os demais concorrente, mas agora pode virar crime!

Um novo projeto de lei está em aprovação na Câmara dos Deputados e caracteriza mentiras no currículo como ação criminal, com detenção de dois meses a dois anos para os infratores. Segundo o autor do texto, o deputado Carlos Bezerra (PMDB/MT), caso seja aprovado, a punição será dada aos que falsificarem o documento integralmente ou em parte, uma vez que essa situação cause danos a terceiros ou permita que o infrator obtenha algum tipo de benefício.

Isso mesmo, uma pequena mentira pode virar um grande problema. Então encare aquilo que falta no seu currículo como uma necessidade, e vá em busca de suprir essa deficiência. Afinal, agir dessa maneira é um meio de investir em você e na sua carreira. Abaixo listo algumas dicas de como montar o currículo ideal e por onde começar para que consiga obter destaque perante os demais - falando apenas a verdade!

1) Não possui essa qualificação? Busque-a! – Imagine que as vagas para as quais você concorre requeiram inglês fluente, mas você só sabe o básico. O que faz então? Colocar no currículo que possui conhecimento avançado não é uma boa idéia, pois será desmascarado facilmente pelo entrevistador quando ele aplicar um teste. Você não poderá colocar essa falsa informação a vida inteira, então encare isso como uma oportunidade que bate à sua porta. Faça o curso e dedique-se, porque ele não é um gasto a mais no seu planejamento, é o seu maior investimento!

2) Ressalte os pontos mais relevantes – Nada de soltar “spam” de currículo ou fazer dele um e-mail marketing. Isso quer dizer que não deve mandar o mesmo documento para todas as oportunidades, mas adaptá-lo a cada vaga. Caso o emprego seja para Vendas, por exemplo, e sua maior qualidade é relacionamento interpessoal ou habilidade de persuasão, essa é a primeira coisa que deve destacar no resumo profissional, abaixo dos dados pessoais. Mesmo que não tenha experiência, deixe claro que tem força de vontade e capacidade para tal. Em outras palavras, por que não tentar obter seu destaque desta forma?

3) Deixe o currículo bonito e fácil de ler – Isso não quer dizer que você deve “enfeitar” o documento, mas deixá-lo legível. É mais atraente ler algo bem estruturado do que uma bagunça na qual não é possível absorver nada. Então, separe os quadros de informações, não há uma ordem certa para elas aparecerem. Por exemplo: se acha que a sua pós-graduação é mais relevante para o cargo do que sua experiência em outra área, isso deve vir primeiro, após destacar no currículo o quadro “Formação profissional”. E não esqueça de padronizar os dados, sempre com o mesmo bullet ou sublinhado.

Recrutar, selecionar, treinar e desenvolver


Robson Paniago
- Coordenador do Curso de Administração do UNISAL – Campinas e Professor de graduação e MBA da FGV. Doutor em Ciências Empresariais pela UMSA – Ar. http://administradores.com.br/informe-se/administracao-e-negocios/recrutar-selecionar-treinar-e-desenvolver/38889/


As principais ações realizadas pela área de gestão de capital humano: recrutamento e seleção, treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho, remuneração e benefícios, pesquisa de clima e implantação de projetos de melhoria da qualidade de vida no ambiente de trabalho, entre outros fatores, devem contribuir para a realização das metas organizacionais.

Um de seus principais "produtos" é a garantia de que a empresa possa construir um conjunto de talentos humanos, identificado com sua missão, seus valores e visão de futuro e, portanto, disposto a ajudá-la a atingir seus objetivos com lucro e responsabilidade social, podendo cumprir seus compromissos tanto com sua clientela (externa), quanto junto a sua equipe de trabalho (clientes internos).

Desenvolver a missão e a visão faz parte do planejamento da organização, que se divide em três tópicos a serem trabalhados: operacional, tático e estratégico. O estratégico é pensar a empresa cinco, dez, vinte, trinta anos à frente. Deve-se conhecer a técnica de desenhar cenários e prospectar o que pode acontecer no seu mercado. Um artigo interessante para isso é o material de Miopia em Marketing, escrito por Theodore Levitt.

O planejamento tático significa chamar todo o pessoal no mês de outubro ou novembro e planejar o que vai acontecer no próximo ano. Para isso usamos o BP – Balanço Patrimonial (Bens, direitos e obrigações) e o DR – Demonstrativo de Resultado.

O operacional significa caminhar no dia a dia para que o planejamento possa ser atingido. Para que o mesmo aconteça, o envolvimento de todas as áreas (marketing, finanças, produção, Rh etc.) é fundamental. Elas precisam interagir e ter uma linguagem semelhante para buscar os mesmos objetivos.

Um processo de recrutamento de pessoas visa pesquisar, dentro e fora da organização, candidatos potencialmente capacitados para preencher os cargos disponíveis, sendo que um recrutamento inadequado pode trazer diversos prejuízos, entre os quais um alto índice de rotatividade de pessoal ("turn over"), um aumento substancial nos custos e um ambiente de trabalho comprometido, com funcionários pouco qualificados para o pleno exercício de suas funções.

Empresas preocupadas com seus colaboradores conseguem demonstrar que o custo de melhorias na verdade não é e nunca foi um custo, mas sim um investimento.

Investir em pessoas significa colher resultados no curto, médio e longo prazos. Pois pessoas dão retorno desde que se sintam comprometidas com o negócio. Esse compromisso é algo que deve ser conquistado pelos executivos que são eficientes e eficazes.


Muitos executivos não percebem a importância de lidar com pessoas, afinal eles são o capital intelectual e fazem a diferença em todo e qualquer negócio.

Autorizada publicação por www.Administradores.com.br

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quando contratar o serviço de consultoria


Cíntia Bortotto

É consultora de RH e gerente de desenvolvimento organizacional da Bombril
Diário do Grande ABC
http://www.dgabc.com.br/Columnists/Posts/56/4663/quando-contratar-o-servico-de-consultoria.aspx


Às vezes, um olhar externo pode ajudar você a colocar as coisas no eixo dentro de sua empresa


Às vezes, um olhar externo pode ajudar você a colocar as coisas no eixo dentro de sua empresa. Quando tudo parece confuso, contratar consultoria em recursos humanos pode ser um bom caminho para solucionar problemas. Mas como sei se ela é realmente necessária?

Comecemos, então, entendendo um pouco sobre o que é consultoria. Ela é uma forma de leitura de cenário, análise e proposição de respostas, em assuntos ou tomadas de decisões que precisem de prudência e/ou ajuda e conhecimentos mais aprofundados. Nas palavras de Peter Becker, "a consultoria em sua melhor forma é um ato de amor: o desejo de ser genuinamente útil aos outros. Usar o que sabemos, ou sentimos, ou sofremos no caminho para diminuir a carga dos outros".

Logo, quando falamos em consultoria de RH, falamos desse tipo de apoio: do desejo de usarmos o que sabemos para sermos genuinamente úteis aos outros, propondo soluções práticas e embasadas em conhecimento sólido, para problemáticas que se apresentam no dia a dia.

Pode -se dizer que a consultoria em RH abrange desde atividades que envolvam muita execução, por exemplo, rodar a folha de pagamento, como a proposição de soluções para entraves. O que fazer para atrair o tipo de profissional que eu desejo? Como elaborar um plano de retenção? Como elaborar um plano de sucessão? O que fazer para implementar uma avaliação de desempenho e potencial? Como identificar os melhores profissionais na minha equipe? Como ajudar meus funcionários no planejamento de carreira? Como desenvolver a competência de liderança? Essas são algumas das problemáticas que envolvem assuntos de RH no cotidiano do mundo corporativo e com as quais uma ajuda externa pode colaborar.


NA PRÁTICA


Alguns serviços que uma consultoria em recursos humanos oferece são bastante conhecidos, como recrutamento e seleção, treinamentos, programas de desenvolvimento de lideranças, estruturação de cargos e salários, processamento de folha, desenvolvimento de programas de responsabilidade social, comunicação interna, etc. Outros são mais específicos.

Um serviço bastante procurado tem sido o chamado coaching. Trata-se de uma forma de desenvolvimento por meio da qual o coach (o treinador) desenvolve o coachee (aquele que está sendo treinado) para determinado resultado, ou para a aquisição de determinada competência para então se atingir este resultado. Tem sido uma metodologia muito aplicada para desenvolvimento de líderes, por empresas diferenciadas.

Outro serviço interessante é o chamado outplacement, consultoria para recolocação de profissional que foi desligado da empresa no mercado de trabalho. Normalmente, o consultor auxilia a elaborar o currículo, simula entrevistas e conversas de networking, mostra vagas que estão no mercado e prepara o profissional para concorrer a elas.

Uma consultoria em RH também pode fazer o desenho e o acompanhamento de programas de educação, tanto Ensino Médio, como cursos técnicos, graduação, pós-graduação, cursos de idiomas, entre outros e estruturar programas que ainda não existem, por exemplo, reembolso para educação de bolsa de graduação ou reembolso de idiomas, criando regras, política e comunicando de maneira eficiente à organização.

O consultor também pode realizar a implementação de gestão do desempenho - montando um programa que contemple a análise de desempenho, análise de competências, análise de expectativas de carreira por parte do funcionário, plano de carreira por parte da empresa.


CONTRATAR OU NÃO CONTRATAR


Quando a sua empresa ou você estiver em dificuldade para tomar a decisão, desenhar, implementar, colocar em prática um dos itens acima ou apresenta problemas correlacionados ou decorrentes deles, talvez seja o momento de conversar e até mesmo contratar uma consultoria em RH.

Ela é positiva para todos os tipos de empresa, pois pode trazer vantagens e mais conhecimento, além de um aumento da lucratividade e diminuição do desperdício em empresas pequenas, médias ou grandes. Provavelmente, as situações serão um pouco diferentes ou de dimensões diversas, dependendo do porte da empresa. Uma companhia grande provavelmente focará em problemas de grande magnitude. Já as menores focarão em problemas que tragam prejuízo ou até que desacelerem a lucratividade; dessa forma, resolver o problema passa a ser essencial para sua saúde financeira.

Com a profissionalização dos recursos humanos, muitos problemas podem ser evitados. É possível viabilizar processos e coisas que não estão sendo feitas, evitar que a empresa tenha multas por não seguir legislações corretamente, enfim, resolver e prevenir situações indesejáveis. Também evita-se um alto turnover e propicia-se a implementação de programas mais indicados para o tipo de empresa em questão. Siga confiante e boa sorte!

domingo, 26 de setembro de 2010

O ambiente multigeração nas organizações e o RH.


Marco Pontes

É diretor da LG&P Advisory Services e membro da Academia Nacional de Seguros e Previdência – ANSP.NOTÍCIAS - Seguros
http://www.segs.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=19906:o-ambiente-multigeracao-nas-organizacoes-e-o-rh&catid=45:cat-seguros&Itemid=324

O ambiente de trabalho passou por profundas modificações ao longo das últimas três décadas em vista dos avanços significativos da tecnologia, da especialização dos mercados, do ambiente econômico volátil e cada vez mais sensível às idiossincrasias de um mundo globalizado. Tal realidade propiciou uma verdadeira revolução nos métodos de avaliação e gestão.

Apesar de reconhecer avanços significativos na relação empregado / empregador, em
vista da evolução que ocorreu na área de recursos humanos que luta cada vez mais para ocupar seu espaço dentro das organizações entendo que de certa forma algumas empresas, ainda se encontram engessadas na tarefa de encontrar uma equação razoável para administrar ás expectativas da mutigeração de empregados com quem tem que lidar no cotidiano. Não pretendo subestimar, o quão é complexa tal tarefa, mas percebo com muita clareza às dificuldades de algumas organizações no estabelecimento de estratégias eficientes para manter seus talentos motivados. Em alguns casos privilegiam estratégias com foco nos colaboradores mais jovens da organização, abrindo mão de programas para os profissionais seniores e até mesmo aqueles que representam o DNA das organizações. Em outras ocasiões a situação é invertida.

Administrar pessoas com expectativas, valores, necessidades, prioridades e ambições distintas em ambientes díspares não é uma tarefa simples. Todavia, freqüentemente algumas organizações conceituadas têm fracassado ao lidar com a administ ração desse desafio. Desconsiderar diferenças tão acentuadas entre as diversas gerações que convivem dentro de uma organização no cotidiano pode ser um grande risco para a organização. Manter profissionais talentosos motivados, sejam eles de que geração for é um grande desafio para os estrategistas de Recursos Humanos. Qual o segredo para superar esse desafio?

Um bom começo reside no monitoramento e avaliação constante do nível de satisfação dos empregados. Essa prática permite identificar com mais clareza às necessidades da força de colaboradores e contribui decisivamente para a definição de políticas claras da liderança de recursos humanos, quanto ao entendimento dos aspectos particulares de cada geração que compõe o perfil multigeração de uma organização. Ter políticas definidas conforme o perfil de cada geração contribui decisivamente para construir e manter uma cultura de gestão que privilegie necessidades tão díspares dentro do universo de gerações que compõe uma organização. O que o RH de sua organização tem feito para superação desse grande desafio?

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Desempenho Ferramenta de Gestão



Cássia Albuquerque (PE)

Sócia da Prática de Capital Humano da Alcance Soluções Empresariais


Gostaria de convidá-los a uma reflexão sobre esta citação: “Qual a questão mais vital para as empresas hoje? Capital? Estratégia? Produtos inovadores? Tecnologia de ponta? São todos eles! Mas subitamente perdem a intensidade e a força confrontados com outro tópico: O TALENTO / A PESSOA. Atrair e reter os melhores talentos é desde já o principal desafio para as empresas nos próximos dez anos. Talento será a mais importante vantagem competitiva”. A economia mais complexa está gerando demanda de gente mais sofisticada”. Citação de Antonio Carlos Gil em seu livro Gestão de Pessoas.

Para se atender a um mercado competitivo, globalizado, tecnológico e de soluções customizadas, se faz necessário investir nas pessoas, no talento humano. Empresas de gestão moderna, focada em estratégica e resultados busca trabalhar ferramentas de gestão que dê suporte a tomada e decisão de forma mais assertiva e transparente, alinhado seus talentos humanos a estratégia corporativa. Ë fato a dependência da relação pessoas e negócios para se elevam ou não a performance de qualquer negócio.

O Sistema de Avaliação de Desempenho é uma ferramenta de Gestão usada pelo líder moderno e tem como objetivo contribuir para melhorar as competências dos profissionais no exercício de seu papel, utilizando o levantamento e analise dos resultados quantitativos e qualitativos produzidos pelos profissionais em um certo período e sua comparação com os resultados, objetivos e metas estabelecidos pelo negócio. Em suma é um Instrumento gerencial que auxilia na melhora do desempenho da empresa

O resultado da análise do desempenho evidencia para o gestor com maior clareza os pontos que necessitam de sua atenção, que a pessoa é capaz de fazer bem e o que é passível de melhoria e desenvolvimento em sua função. A ferramenta de Avaliação de Desempenho é utilizada como subsídio e apoio para diversos instrumento e programas de Recursos Humanos como: seleção, treinamento e desenvolvimento, promoções e transferências, comunicações, trabalho de equipe, gestão de clima e cultura, gestão de mudança, etc. O instrumento propicia oportunidade para recepção de feedback, amadurecimento do negócio, formação de equipes de desempenho, orientação do desenvolvimento da carreira do avaliado, como subsídios para os programas de treinamento e melhoria do relacionamento e clima internos.

O objetivo do Rh Estratégico é viabilizar o negócio da organização, ocupar espaço de autonomia e decisão, mobilizar a gestão de RH pelas gerências, instrumentalizar e orientar seus executivos na tomada de decisão. Para que tudo aconteça é necessário se ter ferramentas adequadas para se apurar de forma fidedigna os resultados atuais e não tomar decisões no subjetivismo ou no achometro, isto sim é RH Estratégico.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Lixo Existencial



Salatiel Diniz (PE)

Psicólogo, Consultor e Professor do Centro Educacional e Profissional Joaquim Nabuco
http://clipsidombosco.blogspot.com/2010/09/lixo-existencial.html

Diferentemente dos demais animais, o homem é um ser pensante e enquanto ser pensante faz uma leitura própria de si e do mundo circundante. Logo, nem sempre o mundo o vê como ele mesmo se percebe ou o mundo é como ele próprio o percebe. Essa dicotomia, na grande maioria das vezes, faz com que o ser humano gere em seus pensamentos imagens destoantes, ou seja, cria imagens que fogem daquilo que ele realmente é e como resultado o que se vê são as chamadas doenças psicossomáticas.


Há muito se sabe que somos aquilo que pensamos. Que criamos em nosso espaço vital (o mundo circundante) uma imagem daquilo que acreditamos ser. Assim, se acreditamos que somos pessoas fortes, corajosas, determinantes assim será. O inverso também é verdadeiro. Acreditar que é uma pessoa fraca, sem determinação, medrosa faz da pessoa um ser fragilizado.


Acumulamos ao longo da nossa existência situações que vão, por vezes, ficando inacabadas (gestalts inacabadas); gerando dessa maneira lacunas existenciais em nosso próprio eu. O que estamos chamando aqui de lixo existencial nada mais é que as distorções na leitura do vivido, ou, se preferirem, uma distorção da realidade. Salientando que todo ser humano, em algum momento de sua vida, está sujeito a essas distorções. Até porque, em muitos casos, trata-se de um mecanismo de defesa natural à preservação do ser.


Outro dado relevante é sabermos que somos seres relacionais e como tal necessitamos uns dos outros. É como salienta Martin Buber, existe EU em busca de um TU que quando se encontram é muito mais que um simples NÓS. Buber chama a isto de Relação Dialógica EU-TU. Pessoas que se encontram e buscam-se na tentativa de se completarem, preencherem as tais lacunas existenciais. Por isso, entendemos que não há empresa sem pessoas; não há famílias sem pessoas; não há relacionamento sem pessoas, porque tudo começa e termina com pessoas. Nosso trabalho, nossas atividades, sonhos e projetos giram todos em volta de outras tantas pessoas que buscam – a seu tempo e modo – preencherem-se a partir de seus sonhos, projetos, atividades e inspirações.


Ter o cuidado em não gerar em si pensamentos negativos, propícia o cuidado na não geração desses lixos existenciais. Neste sentido, acreditamos que mentalizar pensamentos positivos e criar o hábito salutar de acreditar que tudo conspira em nosso favor evita que o organismo – para se defender – fique criando mecanismos de defesa, tais como: enxaquecas, gastrites, rinites, dermatites, enfim baixando a imunidade do organismo e criando as doenças psicossomáticas. Esses lixos existenciais são mágoas, raivas, decepções, desilusões que vão se cristalizando em nossa sombra (nosso íntimo) e nos tornando fragilizados. Carentes. É bem verdade que somos todos carentes. Carentes de atenção. Uns mais, outros menos; mas, todos necessitando de algum tipo de atenção.


Em nosso trabalho de consultoria nas empresas e nos atendimentos (individual e de grupo) em consultório temos nos deparado com vários casos de retroflexão (pessoas que voltam a sua atenção para si mesmas e auto se punem, por não acreditarem que podem escrever um capítulo diferente de sua história de vida). As que superam essas neuroses acabam se libertando – livrando-se do lixo existencial – e livrando-se das doenças que as acometiam.


Muitas vezes o remédio à cura dessas pessoas reside no ato de perdoar. Sim, perdoar. Perdoar um pai, uma mãe, um filho ou filha, um irmão ou irmã, um amigo, um parente. Enfim, simplesmente perdoar. A mágoa quando cristalizada pode gerar um câncer e impedir que a pessoa tenha uma vida saudável.


Certa feita, uma jovem com aproximadamente vinte e poucos anos já tinha se submetido a cinco cirurgias para extração de nódulos nos seios e eles sempre voltavam. Até que o seu mastologista lhe encaminhara à psicoterapia. Ao longo das sessões psicoterápicas verificou-se que esta jovem aos dozes anos precisou assumir a administração da casa (cuidar dos irmãos, da limpeza e organização da casa) enquanto seu pai trabalhava. Sua mãe residia em outro estado, também trabalhava e não podia acompanhar o marido e os filhos. A família estava, aos poucos, se desestruturando. Impedida de vivenciar sua infância e adolescência, esta jovem chegou à fase adulta com uma imensa mágoa do seu pai. Quando reconheceu (e admitiu) esta verdade e passou a perdoar o seu pai os nódulos começaram a regredir (diluir). Seu lixo existencial começou a ser reciclado.


Em tempos de responsabilidade social é salutar falarmos em reciclagem. Nosso lixo existencial também pode ser reciclado a partir do momento que se admite que precisamos de ajuda (e muitas vezes, ajuda psicoterapêutica).


Sugerimos aqui algumas atividades que podem ser o começo de uma nova trajetória:


I. Experimente todos os dias dá bom dia para o dia – isto pode lhe proporcionar uma energia positiva ao longo do dia;


II. Evitar reclamar da vida – antes, agradeça aos céus a oportunidade que o universo lhe concede de um novo dia de aprendizado;


III. Por mais difícil que as coisas lhe pareçam pense positivamente – nada é tão ruim que não possa melhorar; creia, você é filho(a) de Deus. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus, por isso somos mais que vencedores;


IV. Mentalize e repita várias vezes ao longo do dia: eu (...diga o seu nome...) sou filho(a) de Deus e em minha vida só acontece coisas boas; vivo em paz, com amor, alegria e muita prosperidade. Obrigado(a) Senhor!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Avaliação de Desempenho



Rosana Freire

Psicóloga, Professora e Responsável pela a Assessoria de Recursos Humanos do CIEE-PE

A Avaliação de Desempenho é uma importante ferramenta de Gestão de Pessoas que corresponde a uma análise sistemática do desempenho do profissional em função das atividades que realiza, das metas estabelecidas, da entrega que realiza para a organização através dos resultados apresentados e do seu potencial de desenvolvimento.

O objetivo final da Avaliação de Desempenho é contribuir para o desenvolvimento das pessoas na organização e consequentemente da organização, pois o desenvolvimento das pessoas reflete diretamente na organização, são de pessoas que as instituições são feitas.

O resultado final da Avaliação de Desempenho deve apresentar as informações necessárias e objetivas para a identificação de oportunidades de melhoria e a elaboração de um plano de ações em relação a vários níveis – geral da organização, por área e individual.

Veja um modelo de sistema para operacionalização da Avaliação de Desempenho disponibilizado na net pelo Isaias J. Administrador de RH:http://www.4shared.com/get/82feHjPx/Coach.html;jsessionid=57A515E630236249E58BFA3C403EBBE0.dc210

Gestão deve focar pessoas, diz consultor


Erich Vallim Vicente

Tribuna - Piracicaba - São Pedro - Rio das Pedras
http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=7000

No encerramento do 7º Congresso Empresarial, realizado pela Associação Comercial e Industrial de Piracicaba (Acipi), o consultor Waldez Luiz Ludwig disse que as mudanças brutais na administração das empresas colocaram a necessidade de focar a gestão das organizações nas pessoas. “Aconteceu o contrário do que se imaginava”, disse ele durante a palestra ‘A gestão das organizações na atual economia’. Ele cita que, no inicio da computação, imaginava-se a máquina no lugar do funcionário, mas não é essa a tendência moderna. “Antes, a administração envolvia finanças, recurso material e seres humanos. Hoje, são basicamente seres humanos, seres humanos e seres humanos”, defende Ludwig.

Ao apresentar o panorama atual da forma de contratações nas grandes empresas, Ludwig lembra que as contratações são baseadas no estímulo do talento. “Não existe mais a ideia de treinar as fraquezas, mas sim de estimular as vocações”, aponta o consultor. Para ele, esta conjuntura estabelece o desafio maior da educação, já que o desemprego se concentra basicamente em pessoas com formação até a 4a série. “Quem está desempregado atualmente é a mão-de-obra, a pessoa que só trabalha com a mão”, diz Ludwig. Como a competição no mercado se dá pela inovação, ele entende que as criações só se conquistam com bons profissionais. “Inovação é sinônimo de seres humanos”, aponta.

Outro aspecto apresentado por Waldez Luiz Ludwig é a necessidade da liderança. “Líder é aquela pessoa que sabe realizar sonhos”, destaca. Ele aponta três atividades fundamentais de quem lidera uma equipe. A primeira, e mais fácil, é a gestão da equipe. As outras, na visão dele mais difíceis, são o líder tornar-se um educador e um transformador. “A primeira você consegue em qualquer escola, agora, os outros dois aspectos são mais complicados”, finaliza.

O segundo – e último – dia do 7o Congresso Empresarial foi marcado por rodada de negócios que envolveu 77 empresas, entre as âncoras e fornecedores locais. De acordo com os números oficiais do evento, passaram pelas atividades do congresso (workshops, palestras e rodadas de negócios) 1.740 pessoas, “sem contar as visitas”, disse o presidente da Acipi, Jorge Aversa Júnior. Na avaliação dos organizadores, o objetivo foi alcançado. “Criar esse burburinho, onde os participantes comentam os temas aqui apresentados, era o nosso objetivo e ele foi alcançado”.

ALFREDO ROCHA – Ontem pela manhã, o palestrante Alfredo Rocha ministrou palestra na Acipi para cerca de 280 profissionais das Polícias Militar, Civil, Rodoviária e Florestal, Corpo de Bombeiros, Guarda Civil, agentes do CDP e agentes de trânsito. O seminário “Motivando todos para a qualidade” tratou sobre como buscar a melhor motivação para trabalhar e viver com qualidade, abordando temas relacionados às mudanças no mundo moderno. Segundo ele, o negativismo é um grande desmotivador. “A violência no mundo sempre existiu, não é novidade, mas, quando saímos do trabalho e vamos para casa, precisamos mudar o foco sem, por exemplo, procurar ver tragédias na TV”, exemplificou.

domingo, 12 de setembro de 2010

Como lidar com a rotatividade de talentos


Paulo Aziz

Mestre em Administração Estratégica e pós graduado em Gestão de Pessoas
Tribuna do Norte
http://tribunadonorte.com.br/noticia/como-lidar-com-a-rotatividade-de-talentos/159457

Há cinco anos, participei de uma reunião de Planejamento Estratégico em uma Cia Farmacêutica para realizarmos os ajustes das metas e estratégias dos produtos no Brasil. A turma dos Recursos Humanos também estava lá. Ao longo do processo, observei o comportamento deles, principalmente quando estávamos adequando as metas de vendas às estratégias de marketing para cada produto. Logo percebi que eles estavam como peixe de água salgada em rio - é diferente de peixe fora d’água, pois por não entender o que está acontecendo, aquele não se debate com violência, como este. E eu sabia que em algum momento o RH teria que se manifestar.

Quando questionado sobre como seríamos apoiados por aquele departamento, a resposta veio como uma avalanche descontrolada: “faremos banner’s com a missão e os valores da empresa, realizaremos uma Avaliação de Competências, vamos melhorar a política de benefícios”. Onde estaria a estratégia do RH? Executar ações sem uma análise e um planejamento prévio não poderia ser o melhor caminho! Agir estrategicamente é conectar ações relevantes ao business da empresa. Existem várias formas de fazer isso, uma delas é agindo corretamente quando um funcionário talentoso pede demissão.

De acordo com dados da Revista HSM, as empresas chegam a perder quase 30% de seu capital humano a cada dois anos. A retenção de talentos é importante porque evita os custos de recrutamento e capacitação que a substituição proporciona. Tentando evitar esses custos, normalmente o RH formula ações como planos de cargos e salários e ampliação de benefícios. Há um equivoco nesse tipo de estratégia quando a intenção é reter profissionais talentosos, já que tais estímulos têm muito mais relação com a atração do que com a manutenção de um bom profissional. O primeiro desses fatores diz respeito ao relacionamento do empregado com seus superiores. Além disso, é preciso considerar o clima organizacional e valores da empresa, os quais influenciam consideravelmente na decisão de saída ou permanência do profissional.

Saber diferenciar cada profissional é a principal chave para alavancar os negócios da empresa ou protegê-los. Para que isso ocorra, sugiro a análise das realidades a seguir. Por meio delas, é possível entender o momento de tentar reter ou como se comportar para potencializar os resultados da empresa ou minimizar os impactos da saída do talento:

1 – Profissionais com baixa importância estratégica que estão saindo para o concorrente: este tipo de saída pode afetar a produtividade de determinado setor ou área, mas nada que não seja remediado e/ou reposto de imediato. Como a saída é para um concorrente, talvez seja interessante a empresa tentar retê-lo, frustrando desta forma os planos da concorrência.

2 – Profissionais com baixa importância estratégica que estão saindo para parceiros: este tipo de saída pode afetar a produtividade de determinado setor ou área, incide em custos de recolocação, mas pode gerar negócios futuros para a Companhia. Imagine um profissional que sai para assumir a área de compras ou de fornecimento de matéria prima de um parceiro cliente. Nesta situação, vale a pena aplicar ações relacionais com esse profissional como, por exemplo, dar a ele descontos nos produtos da empresa e uma série de outros benefícios reais oferecidos visando manter e potencializar negócios futuros com ele.

3 – Profissionais com conhecimento específico da empresa e com importância estratégica que estão saindo para parceiros: este tipo de saída pode não ser tão prejudicial, mas acarreta altos custos administrativos, de capital intelectual e de recolocação. Neste caso, vale a pena tentar retê-los com antecipação, incluindo estratégias defensivas em contrato, no momento da contratação. Mas deve ser analisado o outro lado da “moeda”, pois esses profissionais normalmente ocupam cargos de níveis mais altos em seus novos empregos, com condições ilimitadas para tomar decisões sobre fornecedores ou compradores.

4 – Profissionais com conhecimento específico da empresa e com importância estratégica que estão saindo para a concorrência: este tipo de saída é a mais prejudicial. Os custos e as perdas são altíssimos. Muitas vezes esses profissionais buscam “pescar”, na antiga empresa, funcionários chaves, pois são pessoas confiáveis a eles.

Lembro-me de uma situação em uma CIA dinamarquesa onde trabalhei em que, faltando cerca de um ano para o lançamento de um produto de importância mundial, a concorrência agiu astutamente para desestabilizar a inovação contratando a Gerente de Produto Brasil. O que a empresa poderia ter feito para evitar isso? Criar para este cargo ações defensivas e de represálias em contrato, caso o profissional em questão resolvesse abandonar o projeto de lançamento. Mais uma vez, insisto, é preciso ser estratégico!

A importância do Administrador(a) para a economia brasileira


Marco Antonio Nogueira - 11/09/2010

JM Online - Uberaba
http://www.jmonline.com.br/novo/?noticias,22,ARTICULISTAS,33837

Nos últimos 16 anos a manutenção dos pilares macroeconômicos – metas de inflação, razoável controle das contas públicas, certa autonomia para o Banco Central e abertura econômica – fez o foco das discussões empresariais se deslocar para o nível microeconômico, aquele relacionado à gestão dos negócios e ao mercado de atuação das empresas.

Faz parte da pauta empresarial nos dias de hoje, a busca por uma melhor gestão econômico-financeira, como criar e ou entrar em novos mercados, as estratégias empresariais, o lançamento de produtos e serviços, as ações para atrair a classe C ao consumo, a busca por diferenciação do portfólio de produtos e como capacitar e motivar mais e melhor os colaboradores; enfim, uma série de ações que, se não bem desenvolvidas e implementadas, contribuirão para o desaparecimento da organização.

O tempo que se precificava apenas acrescentando um percentual sobre as compras, onde os números da empresa “estavam na cabeça” do dono, onde o instinto era mais importante que o método, onde a tecnologia da informação era negligenciada, onde acertos políticos resolviam qualquer problema e a ética nos negócios não era importante, estes tempos se já não existem, estão em acelerado processo de enfraquecimento na economia nacional e mundial.

No ambiente de rápidas mudanças e de concorrência total, negligenciar fatos, dados, métodos e a ciência da gestão nos negócios não é mais permitido.

A profissionalização na gestão dos negócios é a maneira mais confiável de tornar a empresa competitiva e, por conseguinte, sobreviver em mercados cada vez mais exigentes e instáveis. O processo de profissionalização passa, necessariamente, pela presença de Administradores(as) no dia-a-dia dos negócios, uma vez que a área de Administração é a “fonte” das metodologias, técnicas, conceitos e teorias que contribuem significativamente com a competitividade empresarial. Ter colaboradores com forte embasamento em Administração é a base da longevidade da empresa, principalmente em um país onde a imensa maioria dos negócios estão nas micro, pequenas e médias empresas.

Neste ano em que se comemora os 45 anos da profissão do Administrador(a) é reconhecido o papel ativo que este profissional teve, tem e terá na melhoria da economia nacional, como o aumento das exportações, o surgimento de grandes multinacionais brasileiras, a criação de novos negócios, no desenvolvimento do empreendedorismo, na ampliação do mercado de consumo das classes C, D e E, na redução de preços e custos e do aumento da qualidade, e a melhoria das condições no trabalho.

É de ressaltar que o acima exposto foi obtido em ambiente macroeconômico de alta carga tributária, de uma burocracia elevada e “emperrada”, de taxas de juros elevadas, capital de giro caro e restrito e de grandes problemas de infraestrutura.

Ser Administrador(a) no Brasil e gerar resultados altamente positivos em um ambiente de sérias restrições, é ser um profissional diferenciado.


(*) prof. MSc.; diretor do curso de Administração/Uniube, campus de Uberaba/MG

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Desemprego no Brasil é maior para quem cursou ensino médio


Da Agência O Globo

http://www.pernambuco.com/oportunidades/nota.asp?materia=20100908081337&assunto=168&onde=Economia


Os indicadores de educação do Brasil ainda estão muito abaixo da média registrada pelos países desenvolvidos, o que prejudica o mercado de trabalho brasileiro, como mostrou estudo divulgado nesta terça-feira pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). A pesquisa “Olhares sobre Educação 2010” aponta que mais da metade (51%) da população brasileira entre 25 e 64 anos ainda não tinha completado o ensino médio em 2008, enquanto na média dos 31 países ricos da OCDE a taxa é de 29%.

Além disso, a taxa de desemprego no Brasil é menor entre os adultos que não completaram o ensino médio que entre aqueles que já completaram este nível de ensino. Em entrevista à BBC Brasil, o economista Etienne Albiser informou que o índice de desemprego entre os que não concluíram o segundo grau no Brasil é de 4,7%, enquanto a taxa dos que terminaram o curso é de 6,1%.

Os dados vão contra a tendência registrada entre os países desenvolvidos, como aponta o estudo. Em geral, a taxa de desemprego entre aqueles que cursaram o ensino médio é quatro pontos percentuais menor que os que não têm esta formação. E, segundo especialistas, o ensino médio é considerado o preparo mínimo para disputar uma vaga em um competitivo mercado de trabalho.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Contratação depende de expressão corporal inteligente do candidato


Tauana Marin

Do Diário do Grande ABC
http://migre.me/1aSpz

Engana-se quem pensa que apresentar bom currículo e enfatizar as experiências profissionais são garantias para conquistar emprego. A expressão corporal conta, e muito, principalmente na entrevista com o selecionador.

Segundo a especialista americana Tonya Reyman, os profissionais de RH (Recursos Humanos) ou contratantes conseguem, observando os gestos, "sentir" que algo não está bem com o candidato. "O entrevistador terá essa impressão em nível inconsciente. Já aqueles que tenham estudado a linguagem do corpo serão capazes de identificar imediatamente as expressões."

Tonya, que escreveu o livro A Arte da Persuasão e oferece consultoria a executivos e a empresários nos Estados Unidos, acredita que os gestos corporais ajudam significativamente no momento da contratação. "A linguagem corporal é a primeira coisa que o entrevistador observa. O profissional parece ser organizado, confiante? Tem boa expressão, aperto de mão forte? Estas coisas podem dizer muito sobre a personalidade da pessoa."

Segundo a especialista, estudos mostram que as entrevistas de emprego são basicamente decididas nos primeiros minutos, por isso a importância de se evitar alguns gestos. Coçar alguma parte do corpo, morder os lábios, roer as unhas ou não olhar nos olhos do entrevistador, quando for responder a algum questionamento, podem dar a impressão de que a pessoa está distraída, não sabe o que falar, além de ser insegura e nervosa.

"Cruzar o braços e levantar muito o rosto dá a impressão de soberba, se achar. Isso não é bom, pois todo o profissional precisa ser humilde para sempre aprender coisas novas", enfatiza Tonya.

A dica é ter movimentos leves e falar pausadamente. Dizer que não sabe responder a algum questionamento não é visto como problema, desde que deixe claro o interesse em aprender.

PROMOÇÃO - Além de auxiliar no momento da contratação, ter boa expressão corporal pode render promoção. "Manter-se em pé ao falar com seu chefe, ter leve sorriso e segurança ao ser questionado representa equílibrio e segurança - elementos essenciais para qualquer profissional", relata a consultora.

Outra dica para quem busca subir alguns degraus na empresa é ser cordial. "Cumprimentar e ser educado para pedir algumas tarefas e ter bom humor são características para ocupar um cargo de liderança. Essas atribuições fazem parte de quem lidera equipes", detalha Tonya.

Currículo é o cartão de visita do candidato

Neste segundo semestre, muitos estudantes iniciam a busca por estágio. E logo vem a dúvida: como montar um currículo com pouca ou nenhuma experiência profissional?

Segundo o Ciee (Centro de Integração Empresa-Escola), a dica é valorizar aspectos como atividades extracurriculares e voluntariado, lembrando sempre que a escolaridade, nesse caso, é o quesito que menos importa, pois os concorrentes são muito parecidos.

Noely David, supervisora de processos especiais do centro, afirma que para não errar, a recomendação é dividir o currículo em quatro partes. Na primeira, o cabeçalho, com os dados pessoais (nome, endereço, telefone, e-mail). Na segunda, detalhar a formação acadêmica (escola, curso e ano). Na terceira, relatar experiências (se tiver, claro), da mais recente para as antigas. Na quarta e última parte, adicionar informações como conhecimento de idiomas e de informática. Para fechar, basta colocar mês e ano.