terça-feira, 19 de abril de 2011

Entrevista com ABRH de Pernambuco



Entendendo que a Associação Brasileira de Recursos Humanos - Seccional Pernambuco (ABRH-PE) é uma entidade associativa, sem fins lucrativos, fundada em Setembro de 1969, que visa a excelência na promoção do desenvolvimento, socialização e valorização das pessoas e organizações, o RH em Prática que objetiva divulgar assuntos pertinentes á área de Recursos Humanos tem a honra de entrevistar a Presidente da entidade, Cibelli Pinheiro, para maior compreensão do papel da ABRH – PE.



RH em Prática
– Cibelli Pinheiro, qual o papel efetivo da ABRH-PE?

Cibelli Pinheiro – É fundamental a participação de todo profissional em sua associação de classe, quer seja, para fortalecer relacionamentos com outros profissionais da área, ou para buscar seu desenvolvimento como profissional. A missão da ABRH-PE é disseminar o conhecimento no mundo do trabalho, portanto, além de representar os profissionais de RH da região, a instituição tem como dever contribuir com o desenvolvimento das pessoas e organizações no que se refere à gestão de pessoas. Para tanto, promove ações, como cursos, eventos, grupos de estudos, oficinas, dentre outros, dentro de uma visão ampla (mundial) e moderna (práticas atuais), objetivando apoiar este profissional na sua carreira e trabalho.

RH em Prática – O que é preciso para fazer parte da ABRH-PE?

Cibelli Pinheiro – Faço minhas as palavras de um colega da ABRH-RJ (Almiro) - "Participar de uma associação de classe é muito mais do que fazer um cálculo de retorno de investimento: verificar o custo da anuidade (que, aliás, é bem acessível) versus o custo de algum evento de interesse para o profissional da área. Esta seria uma visão meramente mercantilista e estreita. Participar de uma associação é abrir um importante canal de aprendizado; é conhecer importantes profissionais de sua área de atuação, que dificilmente seriam conhecidos de outra forma. É também contribuir e doar para a sua profissão um pouco daquilo que se recebe". Portanto, para associar-se, existe uma anuidade a ser paga nas categorias Pessoa Física, Jurídica e Estudante, mas para fazer parte da ABRH-PE, é muito mais do que isso, é participar efetivamente das ações, trazer ideias, ajudar na construção e execução, enfim, é de fato, doar-se para o fortalecimento da sua profissão.


RH em Prática – Quem pode ser sócio da ABRH-PE? E quais os benefícios?

Cibelli Pinheiro – Qualquer profissional que lida diretamente com pessoas. Na própria direção da ABRH temos profissionais com formação das diferentes áreas como assistente social, engenheiro, administrador, psicólogo, entre outras, eu mesma sou um exemplo disso, formada em Comunicação Social. São inúmeros os benefícios relacionados para quem se associa a instituição, mas posso dizer que o maior deles é o aprendizado, tendo dito que o valor de fazer parte do Sistema Nacional ABRH é muito maior do que um curso de pós-graduação, tamanho o conhecimento técnico e pessoal adquiridos. Como vantagens cito algumas:

Acesso garantido a um espaço de aprimoramento profissional e amplo networking nos eventos do Sistema Nacional ABRH; Possibilidade de fortalecer o relacionamento com os gestores de RH; Atualização constante de informações sobre as ações e eventos de RH no Brasil; 40% de desconto no CONARH – Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas (SP); Gratuidade nos Pontos de Encontros da ABRH-PE; Acesso a diferentes produtos e serviços com valores diferenciados (descontos), como cursos, palestras, treinamentos, pós-graduações e eventos, incluindo o Congresso sobre Gestão de Pessoas em Pernambuco; Acesso ao acervo da biblioteca na sede da ABRH-PE; Assinatura gratuita da Revista Melhor (exceto estudantes); Espaço para notas e artigos de interesse da comunidade de RH na coluna semanal do Jornal do Commercio (Empregos e Oportunidades), dentre outros.


RH em Prática – Como a ABRH-PE se mantém?

Cibelli Pinheiro – A base estratégica da ABRH é REPRESENTATIVIDADE, ASSOCIATIVIDADE E SUSTENTABILIDADE. Todo recurso financeiro da ABRH é proveniente deste eixo, ou seja, das parcerias firmadas com organizações que são representativas no nosso estado; das associações dos profissionais e das ações que realizamos para obtermos a sustentabilidade (eventos, cursos e outros). Temos uma sede própria toda equipada e uma funcionária que conduz a operação diária da ABRH, além do forte trabalho da diretoria executiva e conselhos que atuam voluntariamente na construção destes projetos para captação de recursos.

RH em Prática – Quais as ações programadas para o ano de 2011?

Cibelli Pinheiro – Realizaremos Pontos de Encontros mensais com temas atuais e de interesse da área; Oficinas de RH que tem como objetivo apoiar os RHs na prática de alguns subsistemas, O Fórum de Gestão Pública que já ocorreu este mês com debates de alto nível entre gestores do setor público, a 1ª edição do Great Place to Work, onde conheceremos as melhores empresas para trabalhar em Pernambuco; O Fórum dos Presidentes previsto para junho, o ABRH na Praça, ação de responsabilidade social que acontecerá no dia 02 de setembro, a 5ª edição do Prêmio Ser Humano, que é um reconhecimento pelas excelentes práticas de gestão de pessoas da região e, finalmente o nosso congresso de gestão de pessoas (CONGEPE), que acontecerá nos dias 03 e 04 de novembro no centro de Convenções com a participação de palestrantes renomados. Além destas ações, programamos também para o 2o semestre o lançamento das Melhores empresas para Estagiar em parceria com o CIEE. Este ano um projeto novo chamado ABRH na Universidade está se estruturando, pois queremos dar mais apoio aos estudantes, orientando e preparado-os para o mercado.

RH em Prática – Onde fica a ABRH-PE e os meios de comunicação para contato?

Cibelli Pinheiro – A ABRH funciona no Empresarial Burle Marx, localizado na Av. Agamenon Magalhães, 2615 sala 104 - Boa Vista (esquina com a Av. João de Barros). Para quem deseja entrar em contato, o telefone é: 81.3221.8814 e e-mail: abrhpe@abrhpe.com.br. Estamos em processo de reestruturação do nosso site e criando espaços nas mídias sociais, e em breve divulgaremos outros meios de comunicação para nos aproximarmos dos nossos associados.

RH em Prática – Para finalizar, como você percebe a recepção dos profissionais, dos estudantes, das empresas e da sociedade em termo geral em relação à ABRH-PE

Cibelli Pinheiro – A marca ABRH tem muita força no mercado, é conhecida mundialmente, muito respeitada e bem recepcionada por profissionais, estudantes e organizações. Os profissionais e organizações que estão buscando uma melhoria na sua gestão, certamente, recebe e interaje muito bem com a ABRH, e ambos vêm usufruindo desta relação. Qto aos estudantes, como é uma categoria recém criada e iniciando um trabalho, a relação está apenas começando , mesmo assim somos bastante procurados por grupos de estudantes para palestras, eventos, apoio em pesquisas, e outros. Sei que temos um longo caminho a trilhar, muito ainda precisa ser feito, mas como disse no início da entrevista, não depende da presidente, da diretoria ou conselho, mas de todos que fazem parte da ABRH, dos profissionais que desejam o fortalecimento da sua profissão. Aproveito, então, para convidar a todos, não apenas a se associarem, mas a doarem parte do seu tempo para esta construção!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Recursos Humanos sustentáveis

Por Canal RH

O Fórum Mundial de Sustentabilidade apresentou mais perguntas do que respostas. Ficou claro que o capital agora é Natural e que as empresas, para sobreviver a esta década, terão de se “Naturalizar”.

A maquiagem verde (greenwashing) será rapidamente denunciada pelas mídias sociais. O consumidor vai, cada vez mais, escolher produtos de origem certificada. O desenvolvimento dos recursos (todos) serão sustentáveis. Os empregos de colarinho branco começarão a dar lugar, em importância, aos de colarinho verde.

Será que os profissionais de RH estão preparados para esse desafio? Será que sabem o que está acontecendo? Como uma empresa pode se transformar se o principal agente de mudança não estiver sintonizado? Essas foram algumas questões levantadas no Fórum Mundial de Sustentabilidade que aconteceu entre 24 e 26 de março, em Manaus.

O que começará a acontecer lembra muito o movimento gerado em julho de 2005 pela publicação na capa da Fast Company :“Por que odiamos RH?”. Na época, as reações foram de todo tipo, geraram muitas discussões, pesquisas, artigos e ainda obrigaram o fundador da revista, Bill Taylor, a se explicar em palestras.

O que estava em jogo? Os profissionais de RH ou a política das empresas? Do ponto de vista dos profissionais da área “doeu”! Muitos ficaram na zona de conforto defendendo a categoria, mas muitos também aproveitaram para se questionar e se reinventar.

O que fazer agora? Como o RH das empresas vai conseguir capacitar, avaliar, contratar e, principalmente, mensurar os recursos humanos para o desenvolvimento sustentável? Muitas perguntas para poucas respostas. O novo perfil daqueles que são responsáveis pela gestão humana na empresa é de alguém que entende verdadeiramente o que é sustentabilidade, está familiarizado com aprendizagem sistêmica e navega muito bem pelo ambiente 2.0. Claro que toda formação e qualificação em Humanas continua valendo. Mas como saber em que pé você, ou alguém da sua equipe, está?

Provavelmente seria uma entrevista pessoal com questionamentos do tipo: Você leu Capitalismo Natural, do Paul Hawken? Descreva três vídeos que você assistiu no TED. O que é Conectivismo? Qual o nome do último livro do Peter Senge (2008)? O que foi o Pangea Day? Qual foi a variação do índice da sua pegada ecológica no último ano? Como você descarta seu óleo de cozinha? Quando será a Rio + 20? Para que serve o Foursquare? Qual a diferença entre página e perfil no Facebook? Já participou de um World Café? O que a sua empresa já fez quanto à pegada hídrica e a de carbono? Você recebe em casa algum jornal físico? Como são os arquétipos sistêmicos de Antonio Carlos Valença? Fale o que você sabe sobre a inovadora Business School, Team Academy? Como você vê o movimento em torno da Rebecca Black? Onde você estava na Hora do Planeta em 2010? Como estão distribuídas as informações no Khan Academy? Cite uma hashtag que tem alguma importância para sua empresa. O que significa Biomimicry?

Essa é apenas a ponta do iceberg de um assunto que não está aparecendo ainda no radar, mas logo chegará atropelando e buscando quem possa ajudar a empresa nessa transição. Acredito que não seja uma boa, nesse caso, optar pela zona de conforto. Mais um dado importante e já conhecido de todos é a importância que uma marca tem para atrair talentos para sua empresa. Fique atento ao tema!

Celebridades

Quanto ao Fórum Mundial de Sustentabilidade, mais de 700 pessoas participaram. Entre elas, estavam 162 jornalistas de 141 veículos de mídia. João Dória teve o talento de reunir as principais lideranças empresariais, ambientalistas, entidades e formadores de opinião internacional para dialogar sobre os rumos da Sustentabilidade e abrir caminho para o evento mais importante do mundo, a Rio + 20, que ocorrerá em junho de 2012.

Ao trazer personalidades como Bill Clinton, Arnold Schwarznegger, Richard Branson e James Cameron, o evento teve o mérito de fazer o Brasil ser visto pelo mundo todo. Falarei rapidamente sobre as personalidades, porque uma simples “googlada” trará centenas de páginas e vídeos sobre o que eles disseram.

Bill Clinton, que nem todos sabem sobre sua forte atuação em sustentabilidade, disse que o Brasil tem tudo para liderar o mundo nessa área.

Schwarznegger foi inspirador ao mostrar, com humor e uma surpreendente humildade, o que uma boa governança pode fazer pelo meio ambiente. E foi enfático em sugerir que temos que pensar em tornar o tema mais “sexy” e menos catastrófico para o consumidor final.

Richard Branson foi uma grande decepção e causou certo desconforto. Não sei se é porque minha expectativa era muito alta ou se realmente ele perdeu uma ótima oportunidade de passar sua mensagem para o mundo.

James Cameron (Avatar) é um ativista importante e tem projetos fortes com o nosso país. Ele respondeu algumas perguntas junto ao ex-governador da Califórnia e aproveitou para reprovar Belo Monte.

As palestras completas estão no Portal Terra que transmitiu ao vivo todo o evento.

Melhores Momentos

Os melhores momentos do Fórum Mundial de Sustentabilidade, em minha opinião, foram três.

O primeiro foi a palestra do Paul Hawken, de longe o melhor dos convidados internacionais. Se você nunca leu nada dele, a partir de hoje, comece! Ele é o inspirador para todos que observam a sustentabilidade com seriedade. Entre os vários livros, o “Capitalismo Natural” (1999) é a bíblia dessa nova economia. O “Blessed Unrested” (2007), ainda sem tradução, também é imperdível.

Hawken disse: “Eu quero dizer muito claramente. Eu vim ao Brasil por apenas um motivo. Eu não vim pelo clima, pela música. Eu não vim pela comida. Eu não vim pela cultura. Eu não vim pela beleza extraordinária das mulheres que vivem aqui. Eu vim para lhes dar uma mensagem. Eu vim aqui porque verdadeiramente acredito que o Brasil está na beira de se tornar um dos países mais importantes do mundo. Vocês, as decisões e as políticas que tomarem agora, terão um profundo efeito no século 21, e por causa do Brasil ser um país (relativamente) novo em termos de poder, vocês podem criar algo agora mesmo. Tudo está ao seu alcance. Eu penso que vocês podem ver que o mundo está com fome de uma genuína liderança. Nós precisamos dela e essa liderança tem fracassado em termos nacionais. A vitalidade, a paixão, o entusiasmo e a inovação que existe aqui no Brasil são únicos em termos de um grande e desenvolvido país com rápido desenvolvimento. Portanto, é por isso que estou aqui!”

Quem conhece Paul Hawken sabe que suas palavras são sempre muito verdadeiras e profundamente embasadas. Temos uma enorme responsabilidade como nação, economia, sociedade e, principalmente, cidadania mundial. Paul Hawken disse, abrindo largamente os braços, que se vamos resolver nossos problemas teremos que abrir bem os nossos braços para abrigar tudo. Disse também que sustentabilidade é fundamentalmente perceber que tudo está conectado. Recomendo assistirem na íntegra a palestra, a coletiva e suas respostas às perguntas do Fórum no endereço http://migre.me/490zi

O segundo momento imperdível do Fórum foram os quatro workshops que permitiram colocar a mão na massa em relação ao que precisa ser feito em Sustentabilidade no Brasil. Participei do “Águas e Florestas” conduzido por Mario Mantovani, superintendente da ONG SOS Mata Atlântica. Uma sala com representantes das mais diversas áreas que levaram à plenária do Fórum os resultados dos diálogos. Na minha mesa estavam a Cristiane (da Abril); Paulo Toledo, que me surpreendeu quando comentou da utilização dos conceitos do Spiral Dynamics na Sabesp; Cristina (do IPE), que no dia anterior estava nadando com peixe-boi no Rio Negro; Andrew Muller (da HRT); e Isa (da Unica), que me presenteou com o livro “Do álcool ao etanol”. Eduardo Ditt, presidente do IPE (Instituto de Pesquisas Ecológicas) fez uma excelente palestra (espero que a disponibilize na web) mostrando o processo de ocupação das florestas e do seu comprometimento com as águas.

O resultado levado à plenária, entre as dezenas de itens resultantes, foi o de não deixar que reduzam a proteção das margens dos rios com uma vírgula, estrategicamente colocada no texto do código florestal. A proteção parece de 15 metros, mas depois da vírgula vem o “pelo leito menor do Rio” e segundo Mantovani, isso quer dizer que não teremos sequer sete metros de proteção nas margens dos rios. Quem não achar isso bem importante precisa se informar urgentemente!

E, finalmente, o terceiro momento que destaco foi a brilhante palestra do Fabio Feldmann, que estava totalmente inspirado. A sensação de todos foi a de que o Fabio voltou! Muito direto, falando com o coração, fez o público aplaudir de pé.

Final Sustentável

Na nova visão de sustentabilidade, quem vai ditar o ritmo do que é sustentável é a natureza e a sua capacidade de prover os serviços que precisamos como trocar carbono por oxigênio. É importante perceber também que esse negócio de salvar o planeta é uma grande bobagem. Quem somos nós para salvar o planeta? Se a humanidade for extinta, o planeta continuará a existir. Temos que cuidar bem de todas as nossas conexões, porque somos todos um. Mesmo!

Glossário

Arquétipos Sistêmicos – Antonio Carlos Valença é um dos profissionais brasileiros que ajuda as empresas a trabalhar de forma sistêmica. Ele criou uma metodologia acompanhada de um software que facilita o entendimento e implantação nas empresas.

Biomimicry – Biomimicry (biomimetismo) é a ciência e a arte de simular o melhor das ideias biológicas da natureza para resolver problemas humanos.

Conectivismo – Na evolução da educação tivemos as fases do Behaviorismo, Cognitivismo, Construtivismo e agora, nos últimos quatro anos, está se desenvolvendo uma metodologia muito mais eficaz que engloba as anteriores. O pioneiro foi o educador canadense George Siemens. A aprendizagem está ocorrendo através das conexões e sistemas colaborativos que vão de e-Learning a jogos de simulação.

Facebook – “Perfil” é a sua página pessoal. “Página” é uma página institucional. Tem muita gente confundindo e abrindo “perfil” para empresas ou entidades. Uma gafe que pode causar problemas futuros!

Foursquare - é uma das muitas redes sociais em que o profissional de RH precisa se conectar para compreender melhor o sistema de relacionamentos. O real entendimento do que sejam as mídias sociais pode ajudar muito a compreender e capacitar o desenvolvimento humano.

Hashtag – é uma tag (etiqueta) com o sinal # na frente, usada no Twitter para indexar um assunto. Saber quais são as hashtags que são importantes para sua empresa demonstra o uso das mídias sociais para seu trabalho.

Jornal – A maior parte das pessoas conectadas nas mídias sociais não consegue mais ler um jornal físico. Primeiro, porque não há nada (notícias) de importante que a pessoa já não esteja sabendo. Depois, o tempo que se perde com informações que atraem nossa curiosidade é um grande desperdício. E por último, toda manhã, recebem uma dívida em sua pegada ecológica. No domingo, após o Fórum, comprei o Estadão e a Folha para ver o que publicaram, de forma mais densa. Nada! Absolutamente nada! Nas mais de 200 páginas não havia nada sobre um dos eventos mais importantes desse ano para o empresário, para o educador e, principalmente, para o cidadão.

Khan Academy – exemplo de Conectivismo que saiu na mídia toda. Uma coisa é ter ouvido falar (todos ouviram) outra é ter entrado e assistido pelo menos o início de uma aula. http://www.khanacademy.org

Hora do Planeta – Aconteceu na note de sábado do Fórum. É um ato simbólico, promovido no mundo todo pela WWF, em que governos, empresas e a população demonstram a sua preocupação com o aquecimento global apagando as luzes durante sessenta minutos. Quem apagou suas luzes em 2010 sabe exatamente onde estava.

Pangea Day – É impressionante como poucas pessoas ouviram falar desse evento ocorrido em 2008. No ambiente de sustentabilidade foi amplamente divulgado, por isso a pergunta é fácil de responder para quem tem familiaridade com o tema. O Brasil teve um papel importante porque foi uma das sedes do evento, com ninguém menos que o nosso ministro da cultura Gilberto Gil. Foi uma mobilização mundial (fruto do TED) em que o mundo todo produziu filmes para mostrar seus valores e cultura local. A ideia é trocar experiências de vida através dos filmes, assistindo sobre como cada um vive dentro de sua cultura e, assim, ajudar a promover uma cultura de paz. http://www.pangeaday.org

Pegadas – São os rastros no meio ambiente deixados por nossas ações. A já bem conhecida pegada ecológica está bem difundida, mas pouco utilizada. As pegadas hídrica e de carbono estão ganhando repercussão no mundo empresarial. Quem não estiver bem sintonizado vai perder muito dinheiro.

Peter Senge – escreveu a “Revolução Decisiva“. Depois de ter decodificado como ocorre o processo de aprendizagem (idealizado por Otto Sharmer), ele abre as portas para a revolução que a economia e as pessoas precisam fazer e mostra quem já está fazendo. Um livro obrigatório para quem está cuidando de RH. Todos deveriam ler! Recomendo conhecerem a SOL Brasil, grupo do Peter Senge no Brasil que estuda sistemas de aprendizagem organizacional. O grupo é aberto e se encontra toda primeira sexta-feira do mês, no período da manhã. http://www.solbrasilonline.org.br

Rebecca Black – Cantora adolescente que fez um enorme sucesso no Youtube com mais de 64 milhões de visualizações. Seu sucesso foi através de sátiras ridicularizando seu clipe “Friday”. Essa onda popularizou, em poucos dias, uma cantora considerada sem graça e talento. Ela acabou retirando seu clipe e gerando mais uma onda. Não que tenha importância para o RH, mas dá para saber quem acompanha o netweaving.

Reciclagem – Muita gente acha que está reciclando seu lixo quando na verdade está apenas dando um primeiro e tímido passo nessa direção. No caso do óleo de cozinha, para cada litro despejado no esgoto há potencial para poluir cerca de um milhão de litros de água, o que equivale à quantidade que uma pessoa consome ao longo de 14 anos de vida.

Rio + 20 (Earth Summit) - Será em junho de 2012. Trata-se do mais importante encontro que definirá os rumos da economia e sociedade mundial.

Sustentabilidade - o termo Sustentabilidade originou-se do relatório Brundtland, também chamado de “Nosso Futuro Comum” (Our Common Future), de 1987, que dizia: “O desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades.”

Team Academy - É uma inovadora Business School, originalmente criada na Finlândia, com a ajuda de Peter Senge e Dee Hock (Visa). Ela não tem aulas nem professores. Trabalham basicamente em projetos reais e leituras. Presta consultorias no mundo todo, inclusive no Brasil.

TED.com – É um evento de inovação para o bem estar que já se espalhou pelo mundo (inclusive o Brasil) e é considerada uma “escola” de conhecimento e sabedoria aplicada. Em 18 minutos, a essência de um conhecimento é trazida por quem a conhece.

World Café - É uma metodologia desenvolvida para promover diálogos, criada por Juanita Brown e que já se espalhou pelo mundo todo. Conheça no www.theworldcafe.com


http://www.canalrh.com.br/Mundos/colunistas_artigo.asp?ace_news=%7bC039A636-094A-424A-B5CA-3D241802D25C%7d&o=%7bBC2275C2-5FA7-45A9-8BDD-7640C0C46DFF%7d&sp=8JH.%3Ax53CP%2FKLG%2FP%2Fp%3D9HS0T%3BVE3Cy14%3BU%3B


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Atrair e manter talentos já estão entre principais dificuldades das empresas


Por www.administradores.com.br

Segundo pesquisas distintas, recrutamento de novos talentos é dificuldade para mais de 70% de executivos e profissionais de RH

Atrair e manter os talentos nas empresas são desafios cada vez maiores para as corporações brasileiras. Segundo uma pesquisa da empresa de educação corporativa HSM, envolvendo 1.065 executivos, 64,5% pretendem admitir funcionários no cenário entre 2011 e 2015. Os dados, que têm como objetivo mostrar o tamanho do desafio dos departamentos de Recursos Humanos para atrair profissionais, foram divulgados na última sexta-feira (1) no lançamento da certificação Top Employers, um reconhecimento às melhores empresas para se trabalhar.

Segundo o mesmo levantamento, quando perguntados se “sua empresa dispõe de líderes na quantidade e qualidade necessárias?”, 63% responderam não. Segundo o consultor e presidente da empresa de consultoria em estratégia, marketing e RH, Empreenda, César Souza, o dado da próxima pesquisa, que ainda está em tabulação, deve apontar que esses 63% estão ainda mais numerosos, indo para 71%. “Antes, questões ligadas à demanda do mercado e à tecnologia dominavam a resposta dos empresários e, hoje, todas as prioridades estão voltadas para as pessoas”, conta.

Outra pesquisa, também ligada à área de recrutamento e desenvolvimento de talentos, feita com 577 profissionais de RH, mostra que 65% dos entrevistados afirmaram não ter líderes na disponibilidade desejada dentro de sua empresa. Outro dado, do mesmo levantamento, mostra que 71,7% dos profissionais de Recursos Humanos acreditam que 2011 será um ano mais difícil para reter talentos que 2010.

Souza explica que essa dificuldade está ligada a uma geração inteira de profissionais que é cada vez mais determinante na formação do mercado: a geração Y. “Não adianta rotular essa geração ou ignorarmos que ela está cada vez mais presente nas empresas. É um perfil com um sistema de valores bastante diferente e com ambições que os colocam em um patamar diferente do que nós, profissionais que temos hoje 40, 50 ou 60 anos, nos submetemos em outros momentos”, explicou o consultor.

Em sua apresentação, o consultor frisou a diferença entre os paradigmas que existiam no passado e os cenários do atual mercado. “A preocupação com máquinas, insumos, mercados e finanças perdeu espaço para a gestão dos valores intangíveis, como a cultura, a inovação e a gestão de marcas”, citou.

Top Employers


A certificação Top Employers é concedida anualmente a empresas em 12 países de 3 continentes pelo Instituto CRF, de avaliações e reconhecimento a políticas de recursos humanos. Em outros países, 2,5 mil empresas receberam o selo no mundo. Duas empresas apresentaram seus casos de sucesso no lançammento da certificação no Brasil.

O diretor de Recursos Humanos da unidade espanhola da British American Tobacco, que no Brasil conta com a subsidiária Souza Cruz, Daniel Laya, destaca que a conquista da certificação contribuiu para que a empresa tivesse mais um trunfo no recrutamento de novos talentos. “A partir da conquista deste reconhecimento, os estudantes percebem que se trata de uma organização que se preocupa com as necessidades da equipe, que tem preocupação com a qualidade do trabalho, o desenvolvimento da carreira, tanto de promoção interna como de desenvolvimento internacional”, destaca Laya.

O gerente de recursos humanos da Janssen na Espanha (braço farmacêutico do grupo Johnson e Johnson), Thiago Oliveira, destacou que a certificação contribuiu para que a empresa estimulasse um compromisso ainda maior de seus colaboradores e para a tomada de decisões em pontos considerados estratégicos. “Temos o fator limitador de sermos uma empresa que, em função de nossa atividade, tem uma marca pouco difundida globalmente, e a certificação é mais uma estratégia para ampliarmos a atratividade de talentos”, destacou.

Gestão de pessoas


Na Britsh American Tobacco, o reconhecimento à gestão de pessoas se dá por vários aspectos, entre eles a flexibilidade de horários para algumas áreas e uma política de salários atrativa. As possibilidades de desenvolvimento pessoal também são destaque. “Sempre buscamos o equilíbrio entre novas contratações e as promoções internas”, afirma Daniel Laya.

Outra aposta da multinacional é o sistema de comunicação, com reuniões trimestrais e até um espaço virtual similar à intranet, em que os funcionários têm acesso a todas as políticas da empresa e que também podem realizar ações como solicitar férias, fazer consulta de convênios e outras ações. Os funcionários da companhia têm também a possibilidade de ampliar suas férias mediante um acordo financeiro. A empresa tem também uma comissão de igualdade, para proporcionar cada vez mais tratamento idêntico entre os gêneros.

Oliveira, da Janssen, destacou a política inovadora inerente à empresa, que também se reflete nas políticas de recursos humanos. A companhia tem uma espécie de aplicativo, com o qual cada profissional pode indicar que desenvolvimento profissional gostaria de ter, funcionando como uma base de informações que permite adaptar as necessidades da empresa aos interesses individuais.

“Procuramos sempre estar atentos às necessidades de cada um, flexibilizar a jornada, entender as demandas e expectativas, para que possamos conciliar a estratégia da empresa com os objetivos da equipe”, afirma Oliveira. O gestor lembra que a empresa também tem uma preocupação com a formação constante de seus profissionais”, consta na descrição da empresa, no livro que lista as melhores empresas para se trabalhar na Espanha.

No Brasil, as empresas interessadas em ser top employers têm até o dia 31 de maio para se inscrever. As companhias serão submetidas a um questionário específico e, em setembro, a lista das brasileiras credenciadas será divulgada.

http://www.administradores.com.br/informe-se/carreira-e-rh/atrair-e-manter-talentos-ja-estao-entre-principais-dificuldades-das-empresas/43879/