segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Saiba o que profissionais de RH checam nos perfis de candidatos em sites de relacionamento


Por O Globo
publicado 18/12/2010







http://oglobo.globo.com/economia/boachance/mat/2010/12/17/saiba-que-profissionais-de-rh-checam-nos-perfis-de-candidatos-em-sites-de-relacionamento-923313584.asp

Sim, eles olham. Já ficou pra trás a velha discussão sobre se é certo ou errado analisar as redes sociais de candidatos, como complemento ao processo de seleção. A maior parte das consultorias de RH entende que não se trata de invasão de privacidade. Pelo contrário: além de públicas, as informações disponíveis nos sites de relacionamento funcionam como fortes aliadas no trabalho de identificação de perfis no recrutamento, como mostra reportagem de Paula Dias, publicada neste domingo no Boa Chance.

Para descobrir no que eles estão de olho, o Boa Chance convidou leitores a enviarem, pelo site, suas páginas em diferentes redes sociais - como Facebook, Orkut, Twitter ou LinkedIn - para serem analisadas por profissionais da área. Constatou-se que a maioria vai bem em questões básicas, como postar conteúdos relevantes. Mas, dizem consultores, investir nesse quesito é tão importante quanto não cometer erros de português ou ter cuidado na hora de criticar sua empresa.

O que não significa que agora todos devem agir como robôs insensíveis na internet. Ou que, num futuro não muito distante, sejamos obrigados a mudar de nome para nos livrar de nossos rastros on-line, como profetizou Eric Schmidt, presidente do Google. Segundo a psicóloga Iêda Vecchioni, da IMC Consultoria Empresarial - que recorre às redes em 80% das contratações, principalmente para vagas de especialistas e gerentes -, é preciso levar em conta que as informações de um candidato na internet, na maioria dos casos, não foram elaboradas com fins profissionais, mas sim pessoais.

- Como as pessoas geralmente usam as redes para interagir com os amigos, os perfis tendem a ser ambientes informais. Um palavrão, dentro desse contexto, pode até ser bem colocado - diz Iêda, ponderando que o problema está em extrapolar alguns limites. - Já deixamos de contratar um profissional porque ele postava comentários negativos sobre a própria empresa na internet. Esse tipo de atitude é um tiro no pé.

Das vagas preenchidas este ano pela Ricardo Xavier, empresa de recrutamento e planejamento de carreira, 40% tiveram suporte das redes - especialmente do Twitter que, diz a diretora Neli Barboza, é a que melhor dá subsídios para análise de como o candidato pensa e se expressa:

- Dependendo do que encontro, a primeira impressão é a que fica.

Nenhum comentário:

Postar um comentário