sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Código de Ética


O Código de Ética é um instrumento utilizado pelas organizações no intuito de formalizar as normas, práticas morais e princípios de valores cultuados pela organização.

Devido ao cenário que estamos vivenciando, onde os valores estão passando por transformações de paradigmas, e o certo ou errado trazem certa ambiguidade, muitas organizações com intuito de reduzir essa sensação entre seu público interno, seus colaboradores e parceiros, tem recorrido à implantação deste instrumento.


“ O código de ética ou de compromisso social é um instrumento de realização da visão e missão da empresa, que orienta suas ações e explicita sua postura social a todos com quem mantém relações. A formalização dos compromissos éticos da empresa é importante para que ela possa se comunicar de forma consistente com todos os parceiros”.

Fonte: Indicadores Ethos de Responsabilidade

Social Empresarial – Versão 2000, p. 13.

O Papel do Código de Ética

1. Visa orientar sobre como agir em momentos de tomada de decisões;

2. Busca garantir a transparência e a ética nas relações da empresa com seus públicos;

3. Possibilita à empresa a conquista de uma boa imagem com base na sua postura

4. Viabiliza ações educativas voltadas para seus colaboradores

5. Propicia a implantação de um acordo de convivência coletivo

A construção do Código de Ética deve contemplar:

- Ações para conscientizar gestores e todos os colaboradores sobre a necessidade de um Código de Etica;

- Implantação de comissão, composta por diversos setores da hierarquia da organização, que criará o documento a ser validado por todos;

- Definição dos valores da organização.

- Definição dos aspectos que farão parte do documento - como por exemplo, as relações com os acionistas, funcionários, fornecedores, parceiros, etc.

- Abrangência do Código de Ética.

- Definição de estratégias para divulgar e conceber o Código de Ética.

- Instrumentos que serão disponibilizados para reclamações, sugestões e denúncias.

- Acompanhamento e avaliação da prática do Código.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ética nas Organizações

Por Rosana Freire
Psicóloga, Especialista em RH, Professora e Palestrante

A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidas, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para as pessoas, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Mas a ética, tanto quanto a moral, não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética se move, historicamente, se amplia, se aprofunda e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural". Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal. A ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.

No mundo empresarial, a ética deve ser entendida como um valor da organização, que assegura sua sobrevivência, sua reputação e, conseqüentemente, seus bons resultados.

Fernando Savater considera a aplicação da ética nas organizações importantíssima para a sobrevivência das mesmas, inclusive de pequenas e grandes empresas, possibilitando uma imagem positiva que permite um crescimento da relação entre funcionários e clientes.

Assim, enquanto profissionais e pessoas, dependendo de como nos comportamos, por exemplo, em nossas relações de trabalho, podemos colocar seriamente em risco nossa reputação, nossa empresa e o sucesso em nossos negócios.

Entende-se, então, que a ética é fundamentada no bem e nos princípios da boa conduta, os quais regem as relações honestas e transparentes, de forma que as partes envolvidas alcancem plenamente os propósitos almejados. Para Nanci Rangel, ética deve ser, em princípio, um desejo permanente do exercício de aprendizado do respeito ao próximo.

Enfim, conforme ensina Paulo Freire a expressão desta ética, se dá nas formas da estética, no resgate e na busca de todas as formas de expressão humana - sua beleza estética própria e o aprimoramento destas expressões. Segundo o educador, a beleza não é privilégio de uma classe, mas uma construção compartilhada por todos, precisando ser conquistada a cada momento, a cada decisão, por meio de experiências e atitudes capazes de criar e recriar o mundo.