sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ética nas Organizações

Por Rosana Freire
Psicóloga, Especialista em RH, Professora e Palestrante

A ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação, historicamente produzidas, cujo objetivo é balizar as ações humanas. A ética existe como uma referência para as pessoas, de modo tal que a sociedade possa se tornar cada vez mais humana. Mas a ética, tanto quanto a moral, não é um conjunto de verdades fixas, imutáveis. A ética se move, historicamente, se amplia, se aprofunda e se adensa. Para entendermos como isso acontece na história da humanidade, basta lembrarmos que, um dia, a escravidão foi considerada "natural". Entre a moral e a ética há uma tensão permanente: a ação moral busca uma compreensão e uma justificação crítica universal. A ética, por sua vez, exerce uma permanente vigilância crítica sobre a moral, para reforçá-la ou transformá-la.

No mundo empresarial, a ética deve ser entendida como um valor da organização, que assegura sua sobrevivência, sua reputação e, conseqüentemente, seus bons resultados.

Fernando Savater considera a aplicação da ética nas organizações importantíssima para a sobrevivência das mesmas, inclusive de pequenas e grandes empresas, possibilitando uma imagem positiva que permite um crescimento da relação entre funcionários e clientes.

Assim, enquanto profissionais e pessoas, dependendo de como nos comportamos, por exemplo, em nossas relações de trabalho, podemos colocar seriamente em risco nossa reputação, nossa empresa e o sucesso em nossos negócios.

Entende-se, então, que a ética é fundamentada no bem e nos princípios da boa conduta, os quais regem as relações honestas e transparentes, de forma que as partes envolvidas alcancem plenamente os propósitos almejados. Para Nanci Rangel, ética deve ser, em princípio, um desejo permanente do exercício de aprendizado do respeito ao próximo.

Enfim, conforme ensina Paulo Freire a expressão desta ética, se dá nas formas da estética, no resgate e na busca de todas as formas de expressão humana - sua beleza estética própria e o aprimoramento destas expressões. Segundo o educador, a beleza não é privilégio de uma classe, mas uma construção compartilhada por todos, precisando ser conquistada a cada momento, a cada decisão, por meio de experiências e atitudes capazes de criar e recriar o mundo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário