segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Entrevista com Paulo Erlich




Mestre em Gestão Empresarial, com pesquisa na área do Mentoring. Possui as seguintes certificações: Coaching Pessoal e Executivo (ICI – Integrated Coaching Institute, SP, credenciado pela International Coach Federation); Coaching e Mentoring (Instituto Holos, SC); Coaching por Valores (Gestion MDS Management, Canadá); Coaching em Saúde e Bem-estar (Wellcoaches, EUA & Carevolution, SP); Promoção de Saúde e Qualidade de Vida (American University, EUA); Gestão por Valores e Qualidade de Vida (Gestion MDS Management, Canadá). É o primeiro brasileiro certificado como Master Coach Trainer em Coaching por Valores (Gestion MDS Management, Canadá).
É membro associado das seguintes entidades: International Mentoring Association, International Coach Federation, Institute of Coaching Professional Association, ABRH (Associação Brasileira de Recursos Humanos), National Wellness Institute e ABQV (Associação Brasileira de Qualidade de Vida). Conselheiro da ABRH – seccional Pernambuco. Membro do comitê organizador do prêmio Melhores Empresas para Trabalhar em Pernambuco (Great Place to Work). Participante convidado do Instituto Internacional de Promoção de Saúde, da American University (EUA).

RH em Prática - O que significa, na prática, mentores organizacionais?

Paulo Erlich - Mentores são pessoas que possuem determinados conhecimentos e experiência de trabalho e de vida e que se dispõem, espontaneamente ou por solicitação, a compartilhar essa bagagem com pessoas de menor conhecimento e experiência, que serão seus mentorados. O objetivo é desenvolvê-los como profissionais e como pessoas. Isso pode acontecer em diversos ambientes. Por exemplo: na família, no ambiente escolar ou acadêmico, entre amigos, nas organizações... Quando acontece nas organizações, dizemos que se trata de mentores organizacionais ou corporativos.

RH em Prática - Mentoring é uma ferramenta voltada para grandes empresas ou as pequenas também podem apostar na mentoria organizacional? 

Paulo Erlich - Mentoring é uma ferramenta voltada para gente, para desenvolver competências em pessoas em qualquer tipo de ambiente organizacional, independentemente de natureza da atividade da empresa, seu tamanho ou qualquer outro aspecto. Pode ser um processo muito simples ou muito elaborado. Depende da energia e dos recursos que a empresa se dispõe a investir.

RH em Prática - Qual a demanda hoje por mentoria organizacional? É crescente ? 

Paulo Erlich - No Brasil o mentoring é muito pouco conhecido. E, infelizmente, observo que algumas organizações que declaram ter programas de mentoring nem sempre possuem isso na prática. Muitas vezes é puro treinamento, instrução. Mas, como a ferramenta é muito eficaz, será cada dia mais conhecida pelo valor imenso que agrega. Será compreendida e utilizada. É diferente em países como os Estados Unidos, onde a percepção do valor do mentoring por parte das organizações existe há pelo menos quatro décadas. Assim, já houve tempo para o mentoring disseminar-se bastante. Ótimo para essas organizações.

RH em Prática - Qual a diferença entre mentoring e coaching?

Paulo Erlich - Uma explicação completa demandaria muitas e muitas linhas. Mas vou tentar simplificar, comparando o mentoring organizacional e o coaching executivo, este sendo prestado por um profissional externo à empresa. Podemos dizer que há duas funções básicas que são comuns a essas ferramentas. Uma é a orientação dada para o mentorado ou coachee (cliente) encontrar as soluções que precisa. A outra é a atitude de aceitação que o mentor ou coach deve ter pelo mentorado ou coachee, independentemente de quem ele seja – em outras palavras, para ser mentor ou coach é preciso gostar de gente. Quanto às diferenças, podemos dizer que o mentoring engloba uma maior aproximação interpessoal, permitindo ao mentor oferecer apoios que dificilmente ou nunca um coach externo conseguiria. Em termos de ajuda profissional, o mentor dá proteção para o mentorado não cometer erros, proporciona visibilidade ao mentorado para que a organização enxergue o seu progresso, patrocina oportunidades e cargos para o mentorado. Outro aspecto diferencial é que o mentor em geral serve de modelo, como profissional e como pessoa, para o mentorado. Ele também se torna um conselheiro (no coaching, os conselhos podem existir, mas o princípio básico é evitá-los). Com o tempo mais longo de relacionamento, característica presente na imensa maioria dos processos de mentoring, pode ir-se desenvolvendo no mentor o que chamamos de “interesse autêntico, genuíno”, uma vontade de ajudar o mentorado mesmo que isso não seja uma demanda da organização. Passa a existir uma conexão emocional. E muitas vezes o mentoring envolve o desenvolvimento de algum nível de amizade, desde um coleguismo até uma amizade profunda.

RH em Prática - Para um gestor ter sucesso com sua equipe, é importante agir como mentor?

Paulo Erlich - Não é imprescindível, mas, se ele tiver atitude de mentor, muito provavelmente obterá mais resultados, será mais admirado e seguido.

RH em Prática - Como prática, o mentoring pode melhorar o desempenho da empresa?

Paulo Erlich - Na verdade, a essência da empresa são as pessoas. Se as desenvolvermos de forma alinhada com os objetivos estratégicos da empresa, elas contribuirão muito mais para o alcance desses objetivos. O mentoring é uma das ferramentas mais eficazes para atingir esses resultados. E, como você referiu, é uma questão de prática mesmo, de colocar em prática a bagagem do mentor para ajudar o mentorado a crescer e, assim, contribuir para o crescimento da empresa.

RH em Prática - No workshop “Formação de Mentores Organizacionais”,  que você facilitará em 15 e 16 de maio próximo, quais os resultados que as pessoas podem esperar? 

Paulo Erlich - Quem estiver lá vai aprender o que é ser mentor, como assumir esse papel. Isso significa entender e aprender a praticar o que representa a real atitude do mentor. Pretendemos que as pessoas que mergulharem conosco no tema nesses dois dias saiam desse “banho de mentoring” em condição de iniciar ou aperfeiçoar sua prática de desenvolver de pessoas. Assim poderão ajudar muita gente em suas organizações. E não só isso: poderão levar o mentoring a qualquer contexto em que pretendam ajudar o outro a crescer. Poderão, por exemplo, aplicar o mentoring para melhorar seu desempenho como líder, pai,  mãe, professor, entre outros papéis.

RH em Prática - Como as pessoas poderão fazer a inscrição para a Formação de Mentores Organizacionais?

Paulo Erlich - Pelo link http://bit.ly/1frrBi7 pode-se baixar um arquivo com as informações sobre o workshop. Na última página, estão as instruções para inscrição. Mas, se alguém quiser ir diretamente para a ficha de inscrição, pode acessá-la através de http://bit.ly/MzkFYW. Quem quiser conversar comigo sobre qualquer aspecto desse trabalho ou sobre mentoring em geral, estou à disposição: basta ligar para (81)9994.3306 ou enviar um e-mail para lumina@luminaonline.com.br. Obrigado, Rosana, por este espaço de divulgação!
 








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