domingo, 17 de junho de 2012

RH e a Rio+20

Por Rosana Freire
Texto divulgado no JC, na seção gestão de pessoas, rh positivo, em 17/06/2012

A Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, retomará após 20 anos da Eco 92 a discussão de como podemos transformar o planeta em um lugar melhor para viver, inclusive para as futuras gerações.

O que tem o RH com isso? Tudo, pois o RH é a área dentro das organizações responsável em desenvolver pessoas e cidadãos e este momento se torna uma convocação e não um convite restrito aos líderes de governo que estarão presentes na Conferência, mas para a área de RH, protagonista na alavancagem de um ambiente melhor para trabalhar, uma oportunidade de promover essa discussão internamente, refletindo que qualidade de vida queremos. 

Como a empresa pode ser sustentável, considerando as três dimensões, econômica, social e ambiental, difundidas há 25 anos pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas em seu relatório “Nosso Futuro Comum”? Esse relatório chamou a atenção do mundo sobre a necessidade de se encontrar formas de desenvolvimento econômico, sem redução dos recursos naturais, sem danos ao meio ambiente e social.

A área de RH pode refletir como impulsionar o negócio, sem perder de vista o seu valoroso papel de humanizar as organizações, no sentido de proporcionar um ambiente adequado ao trabalho, salários justos, lideranças voltadas ao desenvolvimento, respeito à diversidade, relacionamento interpessoais saudáveis, assim como despertar nas pessoas o seu papel de cidadãos, não só respeitando os recursos da empresa, como também evitando o desperdício, consumindo conscientemente, recusando sacolas e copos plásticos, enfim, apoiando e cooperando com a capacidade inerente da natureza de manter a vida, como diz Capra.

Rosana Freire, Coordenadora de RH do CIEE-PE, Diretora de Educação da ABRH-PE e Mestranda em Gestão do Desenvolvimento Local Sustentável pela UPE.

domingo, 3 de junho de 2012

Gestão do conhecimento e o valor do capital humano

Por Juliana Quintino de Oliveira é gerente da Trevisan Editora


A gestão do conhecimento, quanto mais acirrada for a concorrência no mercado e maiores os desafios de crescimento e consolidação das empresas, é essencial para a conquista do sucesso nos seus negócios. Entretanto, o que vem a ser exatamente a gestão do conhecimento? Academicamente, pode ser definida como o conjunto de atividades voltadas para a promoção dos saberes do quadro de recursos humanos, possibilitando que a organização como um todo e seus colaboradores utilizem as melhores informações disponíveis a fim de maximizar a produtividade a qualidade e, portanto, a sua competitividade nos mercados em que atuam.

Podem ser gerenciados os saberes acumulados de todos os funcionários, de modo a transformá-los em um ativo da empresa. Esse processo é realizado através da reciclagem contínua e de uma utilização criativa do conhecimento e da experiência compartilhados. Através da intranet, por exemplo, é possível reunir informações, experiências e vivências dos funcionários, convertendo-os em conhecimento organizacional, devidamente arquivado e catalogado.

Constitui-se, assim, um banco de dados, que facilita o acesso ao conhecimento de colegas e ajuda as empresas a trabalharem de maneira global. Cada indivíduo que deixa o seu emprego leva consigo conhecimentos que vale a pena reter. E cada novo funcionário contratado trará conhecimentos que merecem ser compartilhados por todos. Por isso, é tão importante organizar e reter todas essas informações e experiências do quadro de recursos humanos, que é um patrimônio incomensurável no universo corporativo.

Pode-se dizer então que as organizações de sucesso são aquelas nas quais a gestão do conhecimento é, dentre outros itens, parte integrante da atividade individual. Todos têm a necessidade de criar, compartilhar, procurar e usar o conhecimento em suas rotinas diárias. Pierre Lévy, diz o seguinte: “Ninguém sabe tudo; todos sabem alguma coisa, todo o saber está na humanidade... A inteligência é distribuída por toda a parte, é um fato. Mas se deve agora passar desse fato ao projeto".

Ou seja, todo conhecimento somente agrega efetivo valor à empresa se for aplicado de maneira prática e eficaz para a conquista de resultados. É por isso que, cada vez mais, o capital humano precisa ser reconhecido como o mais importante patrimônio e elemento fundamental para o sucesso das empresas. A competência de uma organização é medida exatamente pela soma das capacidades de seus colaboradores.

As políticas contemporâneas de recursos humanos não podem ignorar essa questão. É absolutamente ultrapassado entender a empresa como instituição acima de seu patrimônio humano, mesmo que sua origem tenha como base o conhecimento profundo de seu fundador quanto a sua atividade básica. O conteúdo acadêmico, a experiência profissional, a vivência e a criatividade de cada funcionário são essenciais para o sucesso do negócio e a cultura organizacional. Portanto, a gestão do conhecimento, necessária e importante para toda empresa, somente será eficaz se tiver como pressuposto o reconhecimento ao talento dos colaboradores.