segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Falta comunicação entre gestores e liderados

Pesquisa revela que 52% dos funcionários não estão satisfeitos com seus líderes. Eles querem mais diálogo e feedback

A distância entre as expectativas de funcionários e líderes ainda é grande. Uma pesquisa da consultoria Michael Page revela que 52% dos profissionais não estão satisfeitos com seus gestores. Na outra ponta, 73% dos gestores entrevistados se sentem preparados e aptos a coordenar os times que possuem, e acreditam que desempenham esse trabalho de maneira satisfatória.

"Os gestores podem estar vivendo um distanciamento significativo da realidade de seus times, muito pela pressão por resultados ou pela demanda dos níveis mais altos da organização. Isso cria uma pressão por exposição, que os afastam muitas vezes do dia a dia dos times", afirma Paulo Pontes, presidente da Michael Page Brasil

A pesquisa quis saber como os gestores se enxergam, ou seja, quais características são mais fortes em seus perfis e que os tornam aptos para a liderança. Itens como integridade (53%), visão estratégica (48%) e participação junto à equipe (47%) são os de maior destaque. Por outro lado, os funcionários esperam de seus superiores características e atitudes de motivação (70%), visão estratégica (54%) e participação junto à equipe (43%).

Quando perguntados sobre o que deve ser feito, na prática, para equilibrar essa relação, 73% dos liderados e 60% dos líderes afirmam que é preciso aperfeiçoar o fluxo de comunicação entre as partes, com diálogo aberto e feedback. E mais: 52% dos funcionários querem ser reconhecidos - financeiramente ou não, e 47% dos gestores consideram estipular metas claras e concretas ao time.

Para o presidente da Michael Page, um processo consistente de feedback e comunicação com os times, por mais que seja percebido por todos como importante na organização, ainda enfrenta diversas dificuldades na implementação prática. "Os RHs têm trabalhado em ferramentas e processos para melhorar este fluxo, mas isso ainda depende fundamentalmente do perfil pessoal e disciplina do gestor. Isso deve fazer parte da agenda prioritária do executivo", conclui Paulo Pontes.

Para realizar esse levantamento, a Michael Page ouviu mais de 1500 profissionais de diversos setores e níveis hierárquicos no Brasil.

Fonte: http://revistavocerh.abril.com.br/2011/noticias/conteudo_641493.shtml

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Recrutamento e seleção devem liderar contratações para a Copa-14, sinaliza pesquisa



Por Lyvia Justino

Pesquisa realizada pelo Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Sindeprestem) e pela Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) sobre os impactos e oportunidades que a Copa do Mundo realizada no Brasil em 2014 terá para as empresas do setor mostrou que 82,8% das prestadoras de serviços estão otimistas.

Entre as empresas pesquisadas, 50% acreditam que a competição irá aumentar o faturamento das empresas desse segmento. Entre os setores apontados como os de maior potencial para contratação de mão de obra estão recrutamento e seleção, com 66,7%, controle de acesso, com 46,2%, limpeza e conservação, com 38,7%, e trabalho temporário, com 35,5%.

Mais de 70% dos empresários pretendem utilizar estrutura própria para atender as necessidades das empresas contratantes de serviços terceirizáveis ou temporários para o evento e 82,8% tem interesse de vender serviços para o evento. Outro dado apontado pela pesquisa, é que 58,1% das empresas já tiveram alguma experiência com eventos de grande porte.

As projeções de impacto do Governo Federal apontam que serão gerados mais de 332 mil novos empregos no setor de serviços terceirizáveis e 381 mil postos de trabalho temporário. Em função disso, 80,6% dos empresários apontou a falta de mão de obra qualificada como principal dificuldade a ser enfrentada para a venda de serviços para Copa do Mundo.

O presidente do Sindeprestem, Vander Morales, reforça que a mão de obra qualificada será o grande problema para as empresas conseguirem atender todas as demandas criadas pelo evento. “Nós estamos com uma deficiência muito grande de mão de obra e não só especializada. A nossa carência é em todos os setores. O que nós estamos fazendo é começar a preparar as empresas para desenvolverem os seus programas de treinamento. As empresas terão que estar preparadas e ter um bom banco de dados dessas pessoas treinadas e qualificadas para quando chegar o momento de iniciar os trabalhos essa mão de obra já esteja disponível. Com a Copa do Mundo nós vamos ter um público de outros países muito grande e deveremos ter um treinamento especializado para atender toda essa demanda”.

Morales destaca que o evento deixará como grande legado os investimentos em infraestrutura e os empregos demandados por ela. “Vão ser construídos hotéis, restaurantes, estradas. É toda uma infraestrutura de serviços que vai permitir uma continuidade e a manutenção dos empregos gerados. Eu acredito que esse é o grande legado de um grande evento: são os investimentos em infraestrutura que permitirão, após o evento, a continuidade e a manutenção desses empregos”.

Para o ministro do Esporte, Orlando Silva, o Brasil está assumindo um protagonismo global. “Não somos apenas um ator secundário. Estamos chegando a esses dois grandes eventos (Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016) apresentando uma economia estável, uma democracia sólida e a nossa diversidade cultural. Nós temos um conjunto de elementos que o mundo irá conhecer. Temos que investir em oportunidades para ter um futuro adequado. Um novo Brasil está pronto para encantar o mundo”.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto de Pesquisa manager (Ipema) com micro e pequenas empresas – 47,3%, médias – 24,7% e grandes – 28% prestadoras de serviços terceirizáveis e temporários. Os dados completos podem ser conferidos na página do Sindeprestem, em PDF.

Fonte: http://blog.mte.gov.br/